Recentemente, o apresentador Celso Portiolli contou ter recebido o diagnóstico de câncer de bexiga. Felizmente, a detecção aconteceu num estágio inicial, em que o pequeno nódulo na bexiga pôde ser retirado por meio de uma espécie de endoscopia. Ele ainda receberá um tratamento coadjuvante para terminar o ciclo e impedir recidivas.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de bexiga é o sétimo mais frequente no Brasil, acometendo 7 590 pessoas no ano de 2020.
Na imprensa, muito se falou sobre o fato de esse tipo de tumor ser mais comum entre pessoas de maior idade, do sexo masculino, de pele branca e, principalmente, usuários de cigarro.
O que não tem sido divulgado é que uma doença muito comum no Brasil tem grande associação com câncer de bexiga: o diabetes.
Há alguns anos, a Associação Americana de Diabetes divulga a lista de cânceres que são mais comuns em quem convive com o diabetes. E o de bexiga é um deles, ao lado dos tumores de pâncreas, intestino, fígado, endométrio e mama. O que não conhecemos ainda são os mecanismos que ligam o diabetes a esses cânceres.
Temos, no Brasil, mais de 16 milhões de pessoas com diabetes e sabemos que metade nem desconfia do diagnóstico. Boa parte não faz acompanhamento médico regular. Você imagina quantos indivíduos morreram por causa do diabetes em 2021? Nada menos do que 214 mil pessoas, segundo a Federação Internacional de Diabetes.
O câncer de bexiga de Celso Portiolli só foi possível de ser prontamente tratado devido ao diagnóstico precoce. E, para isso, os check-ups periódicos são fundamentais. O mesmo se aplica ao diabetes.
Por isso, fica a dica para as promessas de ano novo: fazer check-up!
Feliz 2022! Muita saúde a todos!