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Vacina contra alergias: benefícios, limitações e indicações

Esse tipo de tratamento ajuda a preparar o sistema imunológico para lidar com os alérgenos. Mas não é para todo mundo

Por *Tim Muller e Vera Esteves Vagnozzi Rullo, médicos
Atualizado em 14 jan 2020, 19h30 - Publicado em 7 nov 2018, 17h27

Você já deve ter ouvido falar na possibilidade de aplicar vacinas para amenizar quadros alérgicos. Antes de discutirmos os detalhes desse tipo de tratamento, vamos entender melhor o que é uma alergia. Trata-se de uma reação anormal do sistema imunológico na qual o indivíduo, após entrar em contato com uma substância alergênica, forma um anticorpo chamado Imunoglobulina E, mais conhecido pela sua sigla, ou seja, IgE. Entre os componentes alérgenos existentes no meio ambiente temos ácaros da poeira, pólens, fungos, componentes de alimentos e insetos.

Depois que essa pessoa forma o anticorpo IgE, podemos dizer que se torna sensível ao alérgeno em questão. A seriedade da reação vai depender do grau de sensibilização – definido pela quantidade de IgE liberada – e do tipo de composto alergênico envolvido. Ela pode ser grave e aguda, como no caso da anafilaxia ocorrida a partir do consumo de determinado alimento ou contato com certos insetos (formigas, vespas, abelhas). Sintomas como náuseas, vômito e dificuldade para respirar são marcantes aqui. Mas a alergia também pode ser leve e crônica, a exemplo do que vemos na rinite alérgica e na asma da infância.

O uso da imunoterapia

Ela é uma das opções de tratamento contra alergias e seu principal objetivo é diminuir o grau de sensibilização a determinadas substâncias e, assim, inibir as reações. Para isso, é formulada de acordo com cada paciente. Aí, são aplicadas doses crescentes do alérgeno causador do problema – normalmente em formato de vacina – até atingir uma concentração de manutenção.

No meio do caminho, acontecem várias alterações no sistema imunológico que bloqueiam a sensibilização, levando à melhora clínica e, muitas vezes, ao desaparecimento dos sintomas. É importante salientar que o tratamento de manutenção deve ser mantido por tempo prolongado – geralmente em torno de três anos – para garantir seu efeito duradouro.

Outra coisa: o tratamento subcutâneo exige supervisão médica em ambiente preparado para lidar com eventuais emergências. Mas, além da injeção, a imunoterapia pode ser aplicada por meio de gotas sublinguais.

Raio-x da imunoterapia

Veja os principais pontos ligados a esse tipo de tratamento:

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Quem indica

Especialistas na área de Alergia e Imunologia Clínica.

Para quem se aconselha

Pacientes que tenham sensibilização comprovada aos alérgenos. Isso é confirmado por exames que detectam a presença do IgE específico a esses compostos, além da evidência clínica de sintomas após a exposição aos compostos – preferencialmente aqueles que são inalados, como os ácaros da poeira, os pólens, os fungos ou ainda os venenos de insetos (abelhas, vespas e formigas).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a imunoterapia a pacientes com reações graves (anafiláticas) a insetos (abelhas, vespas, marimbondos e formigas) e com rinite, asma, conjuntivite e sensibilizados a alérgenos ambientais. A indicação deve ser criteriosa e voltada aos pacientes que já recebem os tratamentos convencionais, como uso de medicamentos e controle da exposição ao alérgeno.

Vale lembrar que muitas vezes não é possível remover a substância responsável pelos sintomas, como no caso dos ácaros da poeira, presentes em qualquer ambiente fechado. Dependendo da região em o paciente mora, controlar a exposição ao pólen em certas épocas do ano ou evitar o contato acidental a ferroadas de abelha também é um desafio. De qualquer forma, a imunoterapia não deve ser encarada como única forma de tratamento.

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Benefícios

Eles se baseiam na diminuição dos sintomas e melhora da qualidade de vida – isso é muito evidente nos quadros de rinite e asma. Já nos quadros de alergia ao veneno de inseto, a imunoterapia leva à redução da alergia, ou seja, impede as reações mais graves.

Contraindicações

A Academia Europeia de Alergia e Imunologia e a OMS consideram que pacientes com asma não controlada ou em crise aguda não devem receber a imunoterapia por causa do risco de enfrentarem uma reação grave. Ela também é contraindicada em crianças com menos de cinco anos (especialmente abaixo de dois anos) e pacientes com outras condições, como problemas autoimunes, câncer e doenças cardiovasculares.

*Tim Muller e Vera Esteves Vagnozzi Rullo são médicos do Departamento de Alergia e Imunologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo

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