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Bactérias na boca: quando elas viram um perigo

Profissional explica em que situações esses micro-organismos causam problemas e podem até viajar para outras áreas do corpo

Por Dr. Ricardo Schmitutz Jahn, cirurgião-dentista*
Atualizado em 22 ago 2019, 17h56 - Publicado em 25 jan 2019, 10h50

As bactérias estão espalhadas em várias regiões do corpo humano, podendo ser benéficas e até mesmo essenciais à manutenção da nossa saúde. No caso da boca, houve um tempo em que elas eram associadas apenas a doenças, mas os avanços em pesquisas mostraram que nem sempre é assim.

Na cavidade oral, os micro-organismos vivem de forma organizada como uma comunidade, o chamado biofilme. Dependendo das condições, as bactérias se multiplicam e vivem ali sem causar qualquer dano à saúde. Algumas delas, as anaeróbias, conseguem sobreviver inclusive sem oxigênio. 

Ocorre que, com o tempo e as condições de higiene bucal, a comunidade bacteriana pode passar a oferecer um desafio ao indivíduo que a hospeda, inclusive liberando toxinas que ativam a resposta do corpo e propiciando o aparecimento de problemas.

É aí que a coisa muda de figura. Nosso organismo passa a reagir a essa agressão liberando substâncias químicas que podem causar a inflamação da gengiva e das mucosas da boca. Além disso, células do próprio corpo são ativadas e acabam reabsorvendo o tecido ósseo que dá suporte aos dentes. Esse processo todo é o que caracteriza as doenças periodontais, condição que leva de sangramento na gengiva a perda dos dentes.

O pior é que a pessoa com o problema fica mais exposta à bacteremia, isto é, a entrada de bactérias na corrente sanguínea. Isso favorece o desenvolvimento de infecções em outros órgãos e tecidos do corpo. Perceba que a origem da confusão está lá na boca. Além da má higiene, alguns hábitos alimentares, tabagismo e disfunções das glândulas salivares estão por trás do desequilíbrio na comunidade bacteriana que acarreta esses riscos.

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A descompensação na proliferação das bactérias pode ocasionar, ainda, alterações na gravidez, complicações cardíacas e vasculares e dificuldades no controle da glicemia em pacientes diabéticos. Assim, pessoas nessas situações devem redobrar a vigilância. 

Embora o assunto seja muito sério, não é preciso surtar de preocupação. Basta manter as visitas regulares ao dentista. Isso porque o profissional irá gerenciar o controle da placa bacteriana, diminuindo o risco de problemas futuros.

Atitudes clássicas, como uso regular da escova, da pasta com flúor e do fio dental, além de enxaguatórios bucais indicados pelo dentista, são fundamentais para manter as bactérias sob controle. Outro conselho é seguir uma dieta equilibrada, com baixo consumo de açúcar e carboidratos simples. Controlar o peso, a pressão arterial e a glicose no sangue também é bem-vindo.

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Ao cultivar bons hábitos e consultar com regularidade o dentista, as bactérias na boca não vão causar problema — nem ali muito menos a distância.

* Dr. Ricardo Schmitutz Jahn é cirurgião-dentista, professor da Universidade de Santo Amaro (Unisa) e membro da Câmara Técnica de Periodontia do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP)

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