Assine VEJA SAÚDE por R$2,00/semana
Com a Palavra Por Blog Neste espaço exclusivo, especialistas, professores e ativistas dão sua visão sobre questões cruciais no universo da saúde
Continua após publicidade

Voto grisalho, voto consciente: cidadania não tem idade

Membro do coletivo Velhices Cidadãs explica como os idosos se tornaram uma força eleitoral decisiva e por que devem exercer o direito ao voto

Por Yeda Duarte, enfermeira*
16 jul 2022, 09h33
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Os números são expressivos: na eleição deste ano, que será realizada nos dias 2 e 30 de outubro, vamos às urnas para eleger 513 deputados federais, 1058 deputados estaduais ou distritais, 27 governadores e o presidente da República, além de renovar um terço das 81 cadeiras do Senado.

    Publicidade

    E quem pode votar? Ora, no Brasil o voto é obrigatório a todas as pessoas entre 18 e 69 anos, de acordo com o artigo 14, parágrafo primeiro da Constituição Federal. Desse grupo, quem não comparecer às urnas fica em débito com a Justiça Eleitoral e, em caso de repetições, pode ter sua inscrição eleitoral cancelada e alguns direitos civis prejudicados.

    Publicidade

    Houve uma exceção em 2020, em função da pandemia do coronavírus, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) suspendeu os débitos para quem não votou naquele ano. Em todo caso, o ideal, se necessário, é checar e emitir certidão de quitação eleitoral, o que pode ser feito pela internet.

    Mas há outro voto nessa história, o facultativo. E ele desperta atenção especial neste ano. Tanto entre os mais novos como entre os mais velhos. Aqui entram pessoas que podem (e devem) votar, ainda que não tenham a obrigatoriedade de fazê-lo. O grupo é composto de analfabetos, jovens de 16 a 18 anos e idosos acima de 70 anos.

    Publicidade

    Os idosos, considerando a faixa a partir dos 60 anos, representam atualmente uma grande força no país. Somos quase 20% dos brasileiros aptos a votar. Ou seja, mais de 27 milhões de votos, predominantemente femininos, superando em mais de 5 milhões o número de votantes entre 16 e 24 anos.

    + Acompanhe as últimas notícias sobre as eleições 2022 no site de VEJA

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Em uma eleição muito disputada como deverá ser a de 2022, o voto do eleitorado idoso poderá ser decisivo. Mas essa força eleitoral não emergirá somente este ano. Ela representa o começo de uma mudança que tende a progredir ao longo do século 21.

    O chamado “voto grisalho” é crescente em todo o país, sendo mais expressivo nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo, onde um em cada cinco eleitores tem mais de 60 anos. Estima-se que em 2030 tenhamos, em nossa população, cerca de 42 milhões de eleitores idosos, o dobro dos eleitores jovens.

    Publicidade

    Esse fenômeno convida os idosos a exercerem sua cidadania, organizando-se e participando das eleições de forma consciente. Pensando no hoje e no futuro que queremos.

    Para isso, devemos garantir o direito ao voto e buscar a eleição de candidatos realmente comprometidos com as demandas desse grupo etário nas mais diversas áreas: saúde, previdência, trabalho, lazer, moradia etc. E checar o histórico dos postulantes aos cargos, suas propostas e formas de implementá-las considerando limitações de orçamento.

    Publicidade

    + LEIA TAMBÉM: A nova cara e os desafios da velhice

    Dizer apenas “prefiro não voltar em ninguém” ou “não vou desperdiçar meu tempo indo votar”, entre outras colocações, não ajuda em nada. Depois não adianta reclamar.

    O processo eleitoral é uma construção coletiva, uma responsabilidade de todos nós. E, como cidadania não tem idade, é importante exercer o direito ao voto com consciência se quisermos colaborar com a construção do país em que almejamos viver.

    Compartilhe essa matéria via:

    * Yeda Duarte é enfermeira, professora da Universidade de São Paulo (USP), coordenadora do Estudo SABE – Saúde, Bem-estar e Envelhecimento em São Paulo e membro do Coletivo Velhices Cidadãs

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 12,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.