Assine: Utilize o cupom de 65% de desconto
Imagem Blog

Com a Palavra

Por Blog Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Neste espaço exclusivo, especialistas, professores e ativistas dão sua visão sobre questões cruciais no universo da saúde

Vacinas brasileiras são destaque em uma das maiores premiações do país

Imunizante desenvolvido contra dengue no Butantan venceu o Prêmio Péter Murányi 2023. Presidente do júri explica o impacto desse e dos outros finalistas

Por Vera Murányi Kiss, presidente da Fundação Péter Murànyi*
13 mar 2023, 11h05
Neuza Frazatti, a cientista responsável pela vacina da dengue do Butantan.
Neuza Frazatti, a cientista responsável pela vacina da dengue do Butantan. (Foto: Renato Augusto Gasparoto Rodrigues/ Butantan/Divulgação)
Continua após publicidade

A vacina tetravalente contra dengue criada e estudada pelo Instituto Butantan, em São Paulo, foi a grande vencedora da 21ª edição do Prêmio Péter Murányi.

O trabalho, coordenado pela bióloga Neuza Frazatti Gallina, é uma conquista para a história da saúde pública no país.

E não apenas para os cientistas envolvidos no projeto, mas também para a população, que poderá contar com uma vacina capaz de prevenir uma doença que afeta milhões de pessoas pelo mundo.

Sabemos que a dengue é um problema endêmico no Brasil e tem se tornado cada vez mais prevalente em países tropicais. Pode provocar complicações graves e até fatais.

A nova vacina, em fase final de estudos, impactará não somente a proteção dos cidadãos e a saúde pública. Terá reflexos sociais e econômicos, uma vez que ajudará a evitar fatalidades da versão hemorrágica da doença, hospitalizações e faltas ao trabalho.

+ LEIA TAMBÉM: Novas vacinas contra a dengue estão chegando 

A Butantan-DV, o imunizante do instituto paulista, envolveu uma complexa metodologia de pesquisa que incluiu desde a identificação dos quatro tipos de vírus da dengue circulantes no país até a testagem da vacina em larga escala, num processo que enfrentou diversos desafios.

Continua após a publicidade

É motivo de orgulho saber que essa vacina brasileira já foi patenteada em 11 países, a começar pelos Estados Unidos, e iniciou o processo de patente em 20 outros. A expectativa é que os estudos clínicos sejam concluídos em 2024.

Laboratório do Butantan onde se pesquisa a nova vacina da dengue.
Laboratório do Butantan onde se pesquisa a nova vacina da dengue. (Foto: Renato Augusto Gasparoto Rodrigues/ Butantan/Divulgação)

A reunião do Júri da Fundação Péter Murányi, no último dia 2 de março, representa um momento muito importante porque, a cada ano, dá a exata medida da grandeza da pesquisa brasileira. Em 2023, na edição voltada à saúde, contamos com 138 trabalhos submetidos.

Nossa Comissão Técnica e Científica, formada por grandes professores e pesquisadores, seleciona e apresenta aos jurados três trabalhos finalistas, que são avaliados para chegarmos à definição do primeiro lugar.

Continua após a publicidade

Neste ano, tivemos uma votação particularmente difícil, pois os outros dois trabalhos que concorreram com o do Butantan eram igualmente impactantes.

Foram eles: “Vigilância digital como ferramenta inovadora para o enfrentamento da atual e de futura pandemias: da avaliação de eficácia vacinal à previsão de novas emergências”, de autoria de Manoel Barral Netto e equipe (2º colocado) e “Soberania tecnológica no desenvolvimento de vacinas humanas no Brasil”, de Ricardo Tostes Gazzinelli e equipe (3º lugar), ambos pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e parceiros.

Para nós, da Fundação Péter Murányi, é gratificante premiar trabalhos que se traduzem em produtos ou serviços inovadores que melhoram, com aplicação prática, a qualidade de vida de muitas pessoas.

E isto só é possível com a participação das entidades apoiadoras: ABC, ACIESP, ANPEI, CAPES, CIEE, CNPq, FAPESP e SBPC, que também divulgam o prêmio. Só assim atingimos o grande universo de mulheres e homens dedicados a fazer a diferença na ciência, na tecnologia e na saúde pública.

Continua após a publicidade
A presidente da fundação e do júri responsável pelo prêmio.
A presidente da fundação e do júri responsável pelo prêmio. (Foto: Acervo pessoal/Divulgação)

O Prêmio Péter Murányi tem quatro áreas de atuação, que se intercalam ano a ano: Saúde, Ciência & Tecnologia, Alimentação e Educação. O objetivo da fundação é reconhecer profissionais e instituições com trabalhos robustos nesses domínios, e a visibilidade e a transparência no processo são vitais para tanto.

Num país tão rico e tão diversificado, onde problemas e soluções atingem dimensões continentais e envolvem realidades distintas, tenho satisfação em ver que os trabalhos premiados envolvem duas novas vacinas (dengue e Covid) para combater doenças preocupantes e uma ferramenta capaz de tornar a resposta e a gestão da saúde pública mais eficientes.

São exemplos concretos de como a ciência nacional responde prontamente aos desafios atuais.

Continua após a publicidade
Compartilhe essa matéria via:

* Vera Murányi Kiss é presidente da Fundação Péter Murànyi

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

ECONOMIZE ATÉ 65% OFF

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês

Revista em Casa + Digital Completo

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
A partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.