Tumores cerebrais: os sintomas, tratamentos e avanços médicos
No mês de conscientização sobre a doença, médico alerta para a necessidade de identificar os sinais suspeitos o mais breve possível
Estamos no Maio Cinza, mês marcado pela conscientização da população sobre a importância do diagnóstico precoce dos tumores cerebrais.
No Brasil, a expectativa é que, a cada ano, tenhamos cerca de 11 490 novos casos de tumores do sistema nervoso.
Esses tumores podem ser divididos em lesões primárias ou secundárias.
As primárias têm origem em células e tecidos do próprio sistema nervoso, sendo o exemplo mais comum o glioma ou o glioblastoma.
Já as secundárias se referem às metástases. Ou seja, o tumor se originou em outras partes do organismo e se espalhou, até atingir o sistema nervoso.
As lesões secundárias são o tipo de tumor cerebral mais frequente, sendo que pulmão, mama e intestino estão entre os principais órgãos inicialmente afetados.
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Outra classificação utilizada é dividir as lesões entre benignas e malignas.
As primeiras têm um comportamento mais bem definido, com um tempo de surgimento de sintomas mais prolongado e com maiores taxas de tratamento bem sucedido.
Por outro lado, as lesões malignas apresentam um crescimento mais acelerado, causando sintomas mais precocemente e com pior resposta ao tratamento.
As causas e os sintomas
Elas ainda não são totalmente conhecidas, mas existem alguns fatores de risco, como exposição à radiação, diversas síndromes genéticas e o tabagismo – nos casos de metástases pulmonares, por exemplo.
Um dos grandes objetivos do Maio Cinza é sensibilizar a população para identificar mais precocemente os sinais e sintomas desses tumores, aumentando, dessa forma, as chances de tratá-los.
Os sintomas podem variar de acordo com a localização, tamanho e tipo, sendo os mais comuns:
- Dores de cabeça persistentes
- Alterações na visão
- Convulsões
- Problemas de equilíbrio e coordenação
- Alterações no humor e de personalidade
- Alteração de força ou sensibilidade
- Dificuldade de fala ou compreensão
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Atualmente, o tratamento é multidisciplinar, ou seja, envolve vários profissionais, como o neurocirurgião, o oncologista, o radioterapeuta, entre outros.
As opções incluem procedimentos como radioterapia, quimioterapia e cirurgia.
No caso da intervenção cirúrgica, o foco é utilizar técnicas minimamente invasivas, com o objetivo de retirar a maior quantidade possível da lesão com o máximo de segurança para, assim, reduzir danos.
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Dá para prevenir?
Infelizmente, não existem, até o momento, estudos que demonstrem como prevenir tumores cerebrais.
Por isso, o diagnóstico precoce é tão importante.
Por meio de alertas como esse, as pessoas se tornam capazes de notar as alterações mais rapidamente.
Embora essa doença represente um grande desafio, é encorajador ver os avanços da medicina.
Com dedicação e compromisso da comunidade médica, de pacientes e dos familiares, há motivos para acreditar em um futuro mais animador para todos aqueles afetados por esses tumores.
*Felipe Mendes é neurocirurgião, membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia e cirurgião de coluna