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Quer controlar a dor? Faça um diário

Manter um registro das sensações dolorosas e dos momentos de alívio ajuda a gerenciar melhor a dor crônica, explica especialista

Por Mariana Schamas, cinesiologista*
27 abr 2022, 10h35

“Meu querido diário…” As crianças, principalmente as meninas, costumavam manter um diário para registrar eventos do cotidiano, acontecimentos na escola, episódios com as amigas, emoções e lembranças importantes. É um hábito que ainda permanece. Anos depois, muitas pessoas, já crescidas, liam suas anotações e suas memoráveis aventuras.

Afinal, qual é a função de um diário? É um caderno escrito em primeira pessoa e em linguagem informal e simples. Normalmente, é usado para registrar o dia a dia ou fatos marcantes, podendo ser uma ferramenta de autorreflexão, de desabafo, de organização das ideias, de planejamento…

Mas hoje quero falar de um tipo particular de diário: o diário da dor.

Muitas vezes, pessoas que sofrem de dor crônica sentem que não têm controle sobre seus problemas de saúde e sua qualidade de vida. Ficam desmotivadas, cansadas, com a sensação de que a dor está presente o tempo todo.

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Será que é assim mesmo? Fazer o registro da dor ajuda as pessoas a terem algum controle sobre o que acontece com elas e com seu corpo. A escrita fornece informações críticas que são necessárias para uma boa tomada de decisão, tanto pelo paciente quanto pelos profissionais da saúde.

Com um diário, ambos podemos entender melhor o que o indivíduo está sentindo, quando fica mal e, assim, construir uma proposta de alívio. Se você começar a fazer várias anotações por dia, não demorará a detectar padrões e perceber o que piora ou melhora a sensação dolorosa.

+ LEIA TAMBÉM: O desafio da dor crônica na era do pós-Covid

A dor crônica impacta significativamente a qualidade de vida. Tanto incômodo pode vir junto e misturado, o que pode ser desesperador. Dá para montar um diário da dor de várias formas, mas o mais importante é estabelecer padrões e observar os gatilhos que pioram ou melhoram a dor. O caderno (ou o celular) funciona como uma lupa, uma lente que nos ajuda a visualizar coisas que não enxergaríamos normalmente.

O que o diário da dor deve pode contemplar?

● identificação de padrões: a hora do dia em que dói mais, as emoções, sensações e atividades envolvidas
● compreensão da gestão da dor: quais terapias, medicamentosas ou não, funcionam melhor
● comunicação com as pessoas à sua volta e com os profissionais de saúde: isso ajuda a tomar decisões baseadas em fatos

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Informações como essas evitam lacunas na história e contribuem para o gerenciamento do problema, bem como a definição da melhor estratégia terapêutica.

Baseada nas pesquisas já concluídas sobre a ferramenta do diário da dor, recomendo registrar o seguinte:

● data e hora dos episódios de dor
● atividades recentes, o que estava fazendo ou fez antes
● o que fez para gerenciar a dor naquele momento; se funcionou ou não
● mudanças nas condições médicas, na rotina e nas relações interpessoais
● mudanças nos medicamentos
● local, intensidade e duração da dor
● efeito de quaisquer medicamentos ou técnicas de alívio da dor usados
● efeitos emocionais ou psicológicos da dor ou do alívio

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Dias melhores e dias piores virão, isso é fato. Só que, quando anotamos os detalhes, podemos perceber que a dor pode não desaparecer, mas ficar em um lugar que não impede a pessoa de se sentir bem. Esse é o verdadeiro controle da dor.

Em alguns dias ela vai dominar, em outros será possível silenciá-la. Quando você mantém um diário, tudo fica mais nítido e visível, inclusive como estão seu humor, sua resiliência e sua capacidade de decisão. São dados que dão um norte ao tratamento.

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Muita gente quer fazer um exame de imagem para entender sua dor em vez de olhar para dentro de si mesma. Exames são importantes, mas não bastam. O diário da dor é indolor, de baixo custo e não precisa de receita médica e autorização do plano de saúde.

Bastam papel e caneta e alguns minutos do seu dia. Em vez de surfar na internet, faça um mergulho dentro de você, registre suas dores, tome as rédeas da situação e aprenda a construir seu alívio.

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* Mariana Schamas é cinesiologista, especialista em dor e criadora do Método ECAD – Estratégias Comportamentais no Alívio da Dor

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