Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Com a Palavra

Por Blog Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Neste espaço exclusivo, especialistas, professores e ativistas dão sua visão sobre questões cruciais no universo da saúde
Continua após publicidade

Quando a imunidade se volta contra o próprio corpo

Médica explica o que são as doenças imunomediadas, como a artrite reumatoide e a psoriásica, e alerta que elas são mais comuns do que se imagina

Por Carla Dionello, reumatologista*
2 nov 2022, 10h48
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Já imaginou não conseguir fazer coisas simples do cotidiano, como caminhar, subir escadas ou ir ao cinema, sem sentir vergonha, desconforto ou dor? Essa é a realidade de milhares de brasileiros que convivem com doenças imunomediadas, nome dado a um conjunto de enfermidades crônicas e não transmissíveis para as quais não há cura e que, em geral, acometem pessoas no auge da vida social e profissional.

    A principal característica desse grupo de doenças é o desequilíbrio no sistema imune. As defesas do corpo passam a reconhecer os próprios tecidos e órgãos como estranhos e os atacam, gerando inflamação e sintomas diversos.

    As causas ainda não são totalmente conhecidas, mas podem estar relacionadas a fatores genéticos e hormonais, além de hábitos de vida pouco saudáveis e exposição a infecções, traumas ou ambiente tóxicos.

    Fazem parte do rol de doenças imunomediadas, por vezes chamadas de autoimunes:

    Psoríase, condição que provoca lesões na pele;
    Artrite psoriásica, complicação da psoríase que atinge as articulações;
    Artrite reumatoide, caracterizada por dor, rigidez e inchaço nas juntas;
    Doença de Crohn e retocolite, que afetam o sistema gastrointestinal.

    Continua após a publicidade

    Em comum, essas enfermidades apresentam no início sintomas parecidos com os de outras doenças, algo que dificulta o diagnóstico precoce.

    A rigidez nas articulações da artrite psoriásica, por exemplo, pode ser interpretada como resultado de esforço excessivo. A dor nos pés da artrite reumatoide, como uso de um calçado inadequado. A diarreia da doença de Crohn, como virose. E assim por diante.

    + LEIA TAMBÉM: O papel da atividade física no tratamento das doenças reumáticas

    Procurar o médico e conversar abertamente com ele é, portanto, fundamental. Outra barreira comum nesse contexto é iniciar o tratamento correto quanto antes. Para isso, entender em que fase da doença o paciente está é essencial na escolha da terapia.

    Continua após a publicidade

    Tivemos avanços notáveis no tratamento nos últimos 20 anos, representados especialmente pelos remédios imunobiológicos. Eles foram desenvolvidos por meio de biologia molecular, o que permitiu estabelecer alvos específicos a serem combatidos com precisão. São medicamentos seguros e eficazes, que melhoram os sintomas e devolvem a qualidade de vida.

    Também é possível observar casos em que se estabelece uma correlação entre diferentes doenças imunomediadas. É o caso da psoríase e das doenças inflamatórias intestinais. Como parte desses quadros tem efeitos sistêmicos, a manifestação pode ocorrer de maneiras variadas e se associar a múltiplas comorbidades, entre elas os problemas cardiovasculares e os transtornos mentais.

    BUSCA DE MEDICAMENTOS Informações Legais

    DISTRIBUÍDO POR

    Consulte remédios com os melhores preços

    Favor usar palavras com mais de dois caracteres
    DISTRIBUÍDO POR
    Continua após a publicidade

    Daí a importância de um diagnóstico e tratamento corretos mas também do cuidado multidisciplinar, com acompanhamento por nutricionista, psicólogo, fisioterapeuta, educador físico e terapeuta ocupacional.

    Mesmo nas especialidades médicas, é crucial ter a interação de diferentes áreas, como reumatologia, dermatologia e psiquiatria. Só a assistência integral irá viabilizar a recuperação do paciente e a manutenção do sucesso do tratamento.

    A sociedade precisa ter mais consciência sobre a jornada desafiadora de quem tem uma doença imunomediada. Isso passa por conhecer os sinais dessas enfermidades, não negligenciar seus sintomas, procurar o médico se houver queixas e buscar seguir o tratamento recomendado.

    Continua após a publicidade

    Aí estão as chaves para controlar o problema ou colocá-lo em remissão. Afinal, é possível viver com saúde e sem pausas!

    Compartilhe essa matéria via:

    * Carla Dionello é reumatologista, PhD e membro da comissão de artrite psoriásica da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR)

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY
    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 10,99/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.