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Precisamos falar sobre saúde dos rins

Em homenagem ao Dia Mundial do Rim, médico aponta a necessidade de rastrear a doença renal crônica em pessoas com fatores de risco

Por José A. Moura Neto, nefrologista*
9 mar 2023, 09h35
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  • “A prática da medicina é uma arte, não um negócio. É um chamado, em que seu coração será exercitado igualmente a sua cabeça”. Tal qual a frase do célebre médico canadense William Osler, temos um desses chamados da medicina no mês de março. O Dia Mundial do Rim é comemorado sempre na segunda quinta-feira de março. Em 2023, a celebração acontece hoje, dia 9.

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    Mas, talvez, celebração não seja o termo mais correto por remeter a festividades. Não é – longe disso. O Dia Mundial do Rim é uma campanha para divulgar a saúde dos rins, a nefrologia e as doenças renais, que causam um impacto tremendo na sociedade.

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    Uma em cada dez pessoas no mundo tem doença renal crônica. Estima-se que mais de 20 milhões no Brasil tenham a condição – e a maioria não sabe! Descobrirá em estágio mais avançado, quando aparecem os sintomas e o tratamento já não é efetivo em alterar o desfecho.

    A doença pode ser completamente assintomática em seus estágios iniciais. O diagnóstico tardio acompanha-se de lesões irreversíveis e tende a ter uma progressão mais acelerada.

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    No estágio avançado da doença, o paciente precisará de terapias que substituam a função do rim, como hemodiálise, diálise peritoneal ou o transplante renal.

    + Leia também: A crise da saúde renal e o desafio de acesso à diálise feita em casa

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    Por isso é urgente a implementação de políticas públicas em todo o território nacional para prevenir e identificar precocemente a doença renal crônica.

    Felizmente, exames seguros e baratos estão amplamente disponíveis, inclusive na rede pública. Uma simples avaliação de urina e a dosagem de creatinina no sangue podem detectar a doença nos estágios mais iniciais.

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    O Dia Mundial do Rim deste ano tem um slogan principal: Saúde dos Rins e Exame de Creatinina para Todos.

    Pacientes com fatores de risco devem realizar o rastreamento para doença renal crônica. São eles:

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    Histórico familiar
    Idade superior a 60 anos
    Tabagismo
    Obesidade
    Diagnóstico prévio de diabetes, hipertensão arterial ou doença cardiovascular

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    Em 2023, a campanha também abordará o cuidado aos vulneráveis. Vivemos uma grave crise humanitária na diálise no país, resultado de muitos anos de subfinanciamento do setor, com risco iminente de desassistência.

    No Brasil, 150 mil pacientes realizam diálise para manutenção de suas vidas – 80% no Sistema Único de Saúde – e milhares de pessoas com doença renal crônica em estágio avançado aguardam vagas em centros de diálise.

    O Brasil é líder em atividades realizadas no Dia Mundial do Rim: há mais de 900 ações cadastradas de norte a sul do país em 2023, no que promete ser a maior campanha nacional da história da nefrologia.

    Apesar do número expressivo, muitas pessoas sequer sabem o que é doença renal crônica, nefrologia ou exame da creatinina. Agora, mais do que nunca, precisamos falar sobre a saúde dos rins.

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    José A. Moura Neto é médico nefrologista e presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia

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