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Paciente do futuro: o protagonista da própria saúde

Profissionais de saúde também sonham com o paciente “perfeito”, sabia?

Por Mariana Schamas, cinesiologista*
22 jul 2023, 09h26
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    Inteligência artificial pode ser aliada nos tratamentos de saúde (Imagem: jcomp/Freepik/Divulgação)

    Quem aqui já criou na imaginação o profissional da saúde ideal, seja ele médico, terapeuta, dentista, enfermeira, fisioterapeuta, psicóloga, etc.?

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    Gentil, atencioso, escuta atentamente, olha nos olhos, nos acolhe bem e sugere um tratamento que criamos na nossa cabeça e achamos “perfeito”!

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    Pois saiba que o mesmo acontece do outro lado.

    Nós, profissionais da saúde, também criamos uma expectativa do paciente ideal, que é aquele que explica bem o que sente, faz perguntas e se interessa, faz tudo que recomendamos e consequentemente melhora. O paciente “perfeito”.

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    Será que tudo isso é pura ficção? É claro que expectativas irreais acabam gerando frustrações e insucesso em qualquer tratamento. Mas, e se essas pessoas fossem possíveis?

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    De um lado, o profissional capaz, gentil, bom ouvinte e competente. Do outro, o paciente atento, comunicativo e ativo no seu cuidado? Seria maravilhoso! E eu percebo que estamos caminhando para um futuro promissor, se cada um for fazendo a sua parte.

    O paciente protagonista

    Na faculdade, nos ensinaram a conduzir uma consulta sempre de maneira hierárquica, ou seja, o profissional da saúde sabe tudo e o paciente, nada.

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    Nunca achei isso justo. Quando me especializei em dor crônica, e digo que me especializo todos os dias, me foi ensinado que o relato do paciente é sempre a informação mais importante. Para mim, é algo óbvio.

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    O paciente é especialista nele, ele que sente, ele que convive com tudo que percebe nas 24 horas do seu dia.

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    Hoje, a neurociência nos diz que o paciente deve ser membro ativo nas decisões do tratamento, opinando e, juntamente com os especialistas, decidindo a melhor conduta terapêutica. Agora sim, chegamos ao que eu chamo de “Paciente do Futuro”, o protagonista.

    Segundo o artigo “Busca de informações de saúde na Internet e a relação médico-paciente: uma revisão sistemática”, publicado em 2017 pelo Journal of Medical Internet Research, pacientes consultam o Google antes de ir ao médico; na consulta ficam atentos e tendem a avaliar se o profissional é bom ou ruim com base no que viram antes, na internet.

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    Vejam como o comportamento humano mudou!

    Mas e essas influências?

    E agora, com o avanço tecnológico e tantas ferramentas de inteligência artificial disponíveis, como ficará essa relação? Não importa, porque o que eu chamo de paciente do futuro saberá lidar com tudo isso!

    O “paciente”, de uma forma ou de outra, sempre foi influenciado. Antes, era pelo que eu chamo de “medicina do vizinho”: aquela amiga que está tomando tal remédio para tal coisa e deu certo, então deve ser bom pra mim também.

    Depois, passamos para a era do “Dr. Google”, onde pesquisas como a que eu citei acima mostram que as pessoas confiam mais no Google em vez de confiar no especialista em saúde.

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    Agora estamos entrando na era “Dra. IA Chat GPT.”

    “O que será, que será…”, diria Chico Buarque. O mais importante aqui é descobrir como lidar com esse comportamento e com a crença generalizada de que a internet sabe mais e é soberana.

    A resposta deve ser formando e informando, educando, incluindo paciente nas decisões, conversando… E entendendo o que essa busca feita previamente significa para ele.

    Ninguém é soberano. E todos, dentro de suas capacidades e limitações, podem contribuir para a melhora do protagonista.

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    Características do paciente do futuro

    Em quantas delas você se encaixa?

    A Organização Mundial da Saúde (OMS) sugere a abordagem do Cuidado Centrado no Paciente, ou seja, que o profissional reconheça que, antes das pessoas se tornarem pacientes, elas são seres humanos, capazes de se tornarem responsáveis a fim de promover e proteger sua saúde.

    Ou seja, os especialistas devem se preocupar em se comunicar mais e melhor, compartilhar e respeitar. O paciente do futuro, protagonista da sua saúde, só vai prosperar se o profissional da saúde for do futuro também!

    Em breve, outro artigo sobre o tema.

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    * Mariana Schamas é cinesiologista, pós-graduada em dor, criadora do método ECAD e aplicativo DOLORI.

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