Assine VEJA SAÚDE por R$2,00/semana
Imagem Blog

Com a Palavra Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Blog
Neste espaço exclusivo, especialistas, professores e ativistas dão sua visão sobre questões cruciais no universo da saúde
Continua após publicidade

O que a pandemia da Covid-19 nos ensinou em telessaúde

Quatro anos depois de a OMS declarar o início da pandemia do coronavírus, a telemedicina evoluiu enormemente. Um especialista traz os destaques

Por Daniel S. Morel, diretor médico da Tuinda Care*
16 mar 2024, 09h10

No passado, a telemedicina era controversa por não existir regras claras sobre seu melhor uso e condução – e, portanto, tinha pouca aceitação. Mas aí surgiu uma doença estranha em forma de uma pneumonia que levou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a considerar a situação, em março de 2020, como pandêmica, com recomendação de isolamento social.

De um momento a outro, empresas interromperam seus serviços na tentativa para evitar propagação ainda maior da Covid-19 (era o “novo coronavírus” da época). A saúde sofreu um impacto: hospitais ficaram lotados e as equipes, sobrecarregadas. Com isso, a telemedicina passou a ser uma alternativa para a população ter acesso aos médicos, inclusive para exames e consultas de maneira regular.

Com a aprovação da Lei nº 13.989/2020, surgiram plataformas de teleconsultas e, consequentemente, o segundo desafio: a necessidade de o paciente receber uma receita médica ou um pedido de exames. As plataformas e emissão de receitas precisavam de uma validação segura e foram desenvolvidas para todos os atores, como pacientes, profissionais de saúde e farmácias.

+Leia também: Latidos, miados e videochamadas: a telemedicina veterinária

Isso fez com que as certificações digitais se expandissem para atender a demanda. Houve também a necessidade da regulamentação pelos órgãos de classe, onde seria esclarecida cada modalidade de atendimento virtual, bem como o que não poderia ser feito no âmbito da teleconsulta.

Dessa forma, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e demais órgãos desenharam as resoluções que regulamentaram a telessaúde no Brasil e, ao longo desses anos, as normas foram refinadas de acordo com os avanços da tecnologia.

Continua após a publicidade

Segundo dados levantados pela Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital, conhecida como Saúde Digital Brasil (SDB), entre 2020 e 2021, mais de 7,5 milhões de atendimentos foram realizados por mais de 52,2 mil médicos via telemedicina no Brasil.

Desses, 87% foram das chamadas primeiras consultas, evitando deslocamentos desnecessários ao permitir identificar, por meio de exames prévios também realizados remotamente, a necessidade de um atendimento em uma unidade hospitalar.

Vale ressaltar também uma pesquisa realizada pela Sinch com cerca de 2 800 pessoas de mais de 40 países, que apontou que 43% dos brasileiros usaram a telemedicina durante a pandemia da Covid-19. Essa é a terceira maior taxa de adesão, ficando atrás apenas da Índia (65%) e dos Estados Unidos (48%).

BUSCA DE MEDICAMENTOS Informações Legais

DISTRIBUÍDO POR

Consulte remédios com os melhores preços

Favor usar palavras com mais de dois caracteres
DISTRIBUÍDO POR

O desenvolvimento da vacina trouxe alívio para que a vida pudesse voltar ao normal de maneira gradual. Em paralelo, a telessaúde tornou-se aliada no cuidado em diferentes cenários: idosos com mobilidade reduzida, pacientes em cuidados paliativos e fases terminais por diversas doenças, crianças neurodivergentes, entre outros.

Continua após a publicidade

Ainda há um vasto mundo sendo desbravado, com o uso de cabines de atendimento em empresas, atendimentos de pacientes que desejam um cuidado mais imediato, como também as diversas aplicabilidades no setor público – levando cuidado a áreas remotas (como comunidades indígenas) e atendendo pessoas em programas de saúde da família.

Por meio de um olhar mais atento, surgiram dispositivos móveis que aliam tecnologia e segurança, capazes, por exemplo, de permitir que o exame físico seja realizado, inclusive com possibilidade de escutar sons pulmonares e cardíacos. Isso torna a teleconsulta ainda mais completa.

A pandemia gerou sofrimentos e perdas irreparáveis, o que, por outro lado, acelerou a passos largos o desenvolvimento, a regulamentação, a implementação e o aperfeiçoamento da telessaúde para que, cada vez mais, a distância a um atendimento de qualidade seja encurtada de maneira segura e eficaz.

*Daniel S. Morel é oncologista e diretor médico da Tuinda Care

Compartilhe essa matéria via:
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.