A pele é o maior órgão do corpo e frequentemente o mais negligenciado quando o assunto é saúde, mesmo sendo nossa primeira linha de defesa contra os efeitos negativos de poluentes, radiação ultravioleta (UV) e outros fatores ambientais.
A pele também tem particularidades que variam de pessoa para pessoa. Sua cor está relacionada à pigmentação constitutiva (aquela herdada geneticamente) e a facultativa (resultado da exposição solar). Ela é um dos elementos que constituem o que chamamos de fototipo.
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Trata-se de uma escala numérica que define como a pele reage quando se expõe ao sol e nos ajuda a definir a melhor forma de proteção contra os raios UV, evitando, assim, vermelhidão, queimadura, envelhecimento precoce e doenças como câncer.
Existem pelo menos seis fototipos. Os tipos I e II caracterizam por peles de tonalidades muito claras, que possuem alta sensibilidade e sofrem queimaduras solares rapidamente. Por isso, os produtos mais indicados são os protetores solares acima de 50 FPS.
Para aqueles de fototipo III, que possuem a pele clara e pouco morena, filtros solares com FPS acima de 30 funcionam, pois indivíduos com essa tonalidade bronzeiam mais facilmente e não são tão sensíveis ao sol. Ainda assim, podem sofrer queimaduras.
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Os que possuem fototipos IV e V se caracterizam como aqueles de pele morena que apresentam um pouco mais de resistência à exposição aos raios UV e bronzeiam-se com facilidade. Fatores de proteção solar mais baixos podem ser usados nesses casos.
E, por fim, para aqueles de fototipo VI, que têm a pele negra e não se queimam com facilidade, indica-se o uso de proteção solar, mesmo o de fator mais baixo.
Principalmente para as pessoas com fototipos mais baixos, é recomendável buscar produtos com proteção contra os raios UVA, o principal responsável pelo envelhecimento e problemas dermatológicos.
Quanto menor for o fototipo, mais atenção com o sol a pele necessita. No entanto, o filtro solar segue indispensável para todos os tipos de pele. Deve estar presente em nossa rotina de cuidados diários, uma vez que os raios UVA incidem o ano inteiro e independentemente do clima.
Fora isso, oriento a não se expor de maneira prolongada e intensa ao sol, uma atitude perigosa para a saúde cutânea. Esse é um recado que vale para todos os fototipos.
* Maria Eduarda Pires é dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD)