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Investir na educação sobre diabetes hoje para proteger o amanhã

O diabetes causa complicações que ameaçam a vida. Só que muita gente não controla a condição direito. Uma parcela, para piorar, nem sabe que tem a doença

Por Mark Barone, vice-presidente da IDF*
30 nov 2022, 07h50

Novembro é o mês de conscientização sobre o diabetes. As atividades que ocorrem nesse período ajudam a concentrar a atenção no que é necessário para lidar com a crescente pandemia da doença e garantir que os pacientes recebam os cuidados necessários para manejar sua condição com sucesso, evitando ou retardando complicações debilitantes capazes de ameaçar a vida.

Para marcar a ocasião neste ano, a Federação Internacional de Diabetes (IDF) está focando na educação sobre o diabetes. Um dos objetivos é que os governos aumentem o investimento para fornecer melhor apoio aos profissionais de saúde e pessoas que vivem com o diabetes.

De acordo com a pesquisa mais recente da IDF, o Brasil possui a sexta maior prevalência de diabetes no mundo e a maior na região da América do Sul e Central, afetando mais de 15 milhões de adultos.

Em relação ao diabetes tipo 1, o Brasil está em terceiro lugar no número global de casos e verificou-se, ainda, que a expectativa de vida dessas pessoas é reduzida em uma média de 25,4 ano no país.

Além disso, quase um terço das pessoas que vivem com diabetes no Brasil (32%) não foram diagnosticadas. Portanto, estão em maior risco de complicações como ataque cardíaco, acidente vascular cerebral, cegueira e danos nos nervos.

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Olho no futuro

Em um esforço para ajudar a conter o aumento da doença, a Organização Mundial da Saúde (OMS) acordou um ambicioso conjunto de metas globais de cobertura do diabetes para ser atingido até 2030.

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Elas incluem identificar e diagnosticar quatro em cada cinco casos de diabetes e garantir um bom controle de açúcar no sangue e pressão arterial.

Falam também em tratar 60% de todos os pacientes com mais de 40 anos com medicamentos para baixar o colesterol, e garantir que todos os portadores de diabetes tipo 1 tenham acesso à insulina e ao automonitoramento de glicose no sangue.

Isso é importante porque, sem acesso à terapia com insulina e tudo o que é necessário para torná-la bem-sucedida, o diabetes tipo 1 é uma sentença de morte desnecessária.

Atingir esses objetivos demanda muitos esforços. A educação sobre a doença é fundamental para garantir o diagnóstico e o tratamento precoces, e apoiar as pessoas que vivem com o quadro.

+ Leia também: Aprovado o primeiro remédio que retarda o surgimento do diabetes tipo 1

Educação para apoiar o autocuidado

O número de pessoas com diabetes está aumentando rapidamente no Brasil, com a previsão de chegar a quase 20 milhões até 2030. Isso coloca uma pressão adicional sobre os sistemas de saúde, com os profissionais tendo cada vez menos tempo disponível para as consultas.

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Em mais de 95% do tempo, as pessoas que vivem com diabetes estão cuidando de si mesmas. Portanto, é fundamental que elas tenham acesso a informações atualizadas e confiáveis para apoiar seus autocuidados e, com isso, prevenir complicações e ter qualidade de vida.

O diabetes muda ao longo da vida, exigindo ajustes. Entender quais são os pontos de atenção e quais medidas tomar é extremamente importante.

Os pacientes precisam tomar muitas decisões o tempo todo, e é necessário garantir que elas sejam conscientes e baseadas em evidências científicas.

Saber o que fazer e quando agir pode proteger contra complicações do diabetes, proporcionando não apenas uma melhor qualidade de vida às pessoas que têm a condição, mas também beneficiando o sistema de saúde brasileiro, já que os altos custos associados ao tratamento e atendimento a complicações secundárias acabam reduzidos.

Para ter ideia, o gasto em saúde relacionado ao diabetes no Brasil ultrapassa 42,9 bilhões de dólares ao ano – o terceiro maior do mundo.

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Acesso à educação para profissionais de saúde

A educação contínua em diabetes também é essencial para os profissionais de saúde no Brasil.

É particularmente importante que médicos de saúde básica, farmacêuticos e agentes comunitários de saúde tenham um bom conhecimento sobre diabetes para que possam identificar pessoas de alto risco e flagrar a doença precocemente.

No momento do diagnóstico, eles devem estar equipados para fornecer os conselhos e as ferramentas certas para apoiar o autocuidado contínuo.

Garantir que recursos educacionais e treinamento estejam disponíveis e acessíveis aos profissionais de saúde permite que seus conhecimentos sobre diabetes estejam atualizados, o que leva ao máximo aproveitamento do tempo (limitado) que têm disponível com seus pacientes.

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Um compromisso global contínuo

A IDF está comprometida em ajudar a alcançar as metas globais de cobertura de diabetes da OMS e garantir a prestação de melhores cuidados de diabetes em escala global.

Para facilitar as oportunidades de aprendizado para profissionais de saúde e pessoas que vivem com diabetes, a Escola de Diabetes da IDF (IDF School of Diabetes) oferece cursos online grátis.

No entanto, ainda há muito trabalho a ser feito, e é por isso que a IDF está convocando a comunidade brasileira com diabetes e o público em geral para pressionar o governo e ministro da saúde para que mais recursos sejam alocados para a educação em diabetes.

De acordo com Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, o diabetes é, hoje, a única grande doença não transmissível para a qual o risco de morrer cedo continua a aumentar. É uma pandemia em curva ascendente e, sem compromisso e investimento adicionais de governos, continuará a crescer.

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Ações governamentais precisam ser tomadas agora, para aumentar a conscientização da população e melhorar a formação dos profissionais de saúde a fim de prestar o melhor atendimento possível às pessoas que vivem com diabetes. Precisamos fornecer educação sobre diabetes hoje para proteger o amanhã.

Envie uma carta ao ministro da saúde e demais autoridades através da ferramenta online da IDF: clique aqui.

*Mark Barone é vice-presidente da Federação Internacional de Diabetes (IDF)

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