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Gripe: quem são os mais vulneráveis à doença e como protegê-los?

Brasil não atingiu a meta de vacinação contra a gripe. Médica explica os riscos desse cenário, sobretudo entre alguns grupos

Por Mônica Levi, pediatra*
23 set 2022, 09h12

Mesmo em pleno inverno, o Brasil, até o momento, não alcançou a meta de vacinar pelo menos 90% dos grupos prioritários contra a gripe. Mas quais são os impactos e riscos desse cenário, especialmente entre os mais vulneráveis à doença?

Iniciada em abril, a campanha nacional havia atingido, até 29 de agosto, 65,4% da cobertura vacinal, de acordo com o Ministério da Saúde – que, diante desse quadro, anunciou a prorrogação da ação para o final de junho. Em 2021, a campanha teve uma adesão de 72,1% do público-alvo, de acordo com dados do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI).

Por outro lado, observamos uma alta de 168,9% no número total de casos de gripe comprovados em laboratório nas 26 semanas epidemiológicas iniciais de 2022 em comparação ao número de casos com confirmação laboratorial no mesmo período do ano passado, de acordo com dados do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

Esse índice de crescimento é preocupante. Para a maioria das pessoas, a gripe é apenas uma doença sazonal com sintomas que não demandam atenção médica.

+ LEIA TAMBÉM: Vacina da gripe é ligada a risco 34% menor de problemas cardiovasculares

No entanto, em grupos de alto risco, como pessoas com comorbidades e idosos, o vírus influenza pode levar a problemas graves, devido a um enfraquecimento natural do sistema imunológico dessas populações ou ao fato de descompensar a doença de base.

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Entre as possíveis complicações da gripe estão insuficiência cardíaca, ataque cardíaco, miocardite, pneumonia, encefalite, insuficiência respiratória, falha renal e até óbito.

Para ter ideia, esses grupos apresentam um risco 10 vezes maior de ataque cardíaco durante a semana após o diagnóstico da gripe e um aumento de 8 vezes no risco de acidente vascular cerebral nos dias seguintes à infecção por influenza.

Por isso, a vacina é tão essencial. Além de imunizar contra a gripe, ela é uma aliada importante para a redução de mortes, bem como para evitar o ingresso de pacientes em hospitais e UTIs.

Após o relaxamento das medidas de proteção contra a Covid-19, como uso de máscaras e distanciamento social, temos registrado um retorno da circulação de influenza no Brasil, além de um aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (conhecida pela sigla SRAG).

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Apesar de julho ter sido um mês de temperaturas mais quentes do que o habitual (inclusive na maior cidade do país, São Paulo), agosto trouxe dias bem frios. E o inverno ainda não acabou – é nessa estação que, historicamente, há aumento de casos de gripe nas cidades de clima mais temperado.

A vacina contra a gripe

A composição atual da vacina já inclui a cepa Darwin de H3N2 – exatamente aquela que causou o surto de gripe entre novembro de 2021 e o início de 2022 no Brasil.

A nova fórmula chegou ao nosso país a partir de março deste ano – a atualização é feita anualmente de acordo com a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Neste ano, a composição indicada pela OMS é exatamente a mesma encontrada em países dos hemisférios norte e sul.

Também é oportuno destacar que em situações epidemiológicas de risco, principalmente para idosos, pessoas com comorbidades (em especial imunodeprimidos) e viajantes, uma segunda dose da vacina contra o influenza pode ser considerada neste mesmo ano, a partir de três meses da dose anual.

A vacinação é, comprovadamente, a forma mais eficaz de prevenir a gripe e as suas complicações. Vale sempre repetir que se vacinar é mais do que um ato de autocuidado – é um gesto singular de generosidade comunitária, sobretudo com as pessoas mais vulneráveis.

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*Mônica Levi é pediatra e presidente da Comissão de Revisão de Guias e Calendários da Sociedade Brasileira Imunizações (SBIm)

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