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Fertilização in vitro pode levar à menopausa?

Declaração da americana Kourtney Kardashian a respeito viralizou nas redes e no noticiário. Especialista em reprodução explica se tem fundamento ou não

Por Flávia Torelli, ginecologista*
5 abr 2022, 10h13
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  • Recentemente, veículos de imprensa ao redor do mundo divulgaram uma declaração da celebridade americana Kourtney Kardashian a respeito do seu tratamento para engravidar. Conhecida internacionalmente, a influencer tem três filhos do primeiro relacionamento e, aos 42 anos, está tentando engravidar do seu novo parceiro.

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    Segundo os meios de comunicação, ela compartilhou algumas dificuldades no tratamento com fertilização in vitro (FIV) e chegou a dizer o seguinte: “A medicação que eles estão me dando me colocou na menopausa… Literalmente na menopausa”.

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    É indiscutível que um tratamento para engravidar não costuma ser simples e vem acompanhado de muita ansiedade e expectativa. Mas é necessário ter cuidado com esse tipo de informação e as conclusões que podem ser tiradas dela.

    Primeiro porque o relato da celebridade não traz detalhes do seu tratamento e das medicações que ela estaria usando. Segundo porque a FIV não leva à menopausa.

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    O primeiro conceito que é necessário ter em mente é que a mulher nasce com sua reserva de óvulos estabelecida, cerca de 2 milhões de unidades. Mas, ao longo da vida, eles são naturalmente perdidos. Quando a mulher tem um ciclo menstrual, muitos óvulos são recrutados para apenas um de fato ovular e os outros são extintos.

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    O que acontece, num estímulo para FIV, é que, em vez de apenas um óvulo se desenvolver para a ovulação, outros também são estimulados e, assim, alguns que iriam ser naturalmente perdidos naquele ciclo menstrual são aproveitados para a fertilização.

    Portanto, não ocorre aceleramento da perda natural dos óvulos nem uma indução à menopausa.

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    Também é necessário esclarecer que existem alguns tipos de medicações usadas para o estímulo dos ovários com o intuito de preparo para a coleta de óvulos e a FIV, assim como medicamentos que deixam o útero no estado ideal para receber os embriões formados.

    Alguns fármacos promovem um bloqueio dos hormônios, entre eles o estrogênio, que é produzido pelos ovários e cuja falta provoca sintomas típicos da menopausa, como ondas de calor e secura vaginal. Porém, o bloqueio dos hormônios e suas repercussões são algo reversível.

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    Vale esclarecer que essas medicações também podem ser empregadas como tratamento coadjuvante de endometriose e miomas e não são indicadas a toda mulher que faz FIV. Mesmo quando prescritas, não são utilizadas por tempo prolongado.

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    Cada mulher é única e os tratamentos devem ser sempre individualizados. Por isso, é importante ter cuidado com algumas informações que circulam por aí, derrubar os mitos e esclarecer os fatos. Na dúvida, sobretudo se você faz um tratamento para engravidar, consulte um especialista, que levará em conta as suas particularidades.

    * Flávia Torelli é ginecologista e especialista em reprodução assistida, médica assistente da Huntington Medicina Reprodutiva e do Hospital da Mulher da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

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