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É urgente: precisamos reverter a queda na cobertura das vacinas!

Comunicação efetiva e adesão à vacinação salvam vidas. É essencial voltar a atingir as metas de imunização para evitar doenças como pólio e sarampo

Por Juarez Cunha, pediatra e presidente da SBIm*
23 abr 2022, 12h22
queda cobertura vacinal
Queda na vacinação infantil ameaça retorno de doenças infecciosas.  (Ilustração: Veja Saúde/SAÚDE é Vital)
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Na minha infância, não questionávamos se a vacinação era necessária. Apenas tomávamos as vacinas, porque assim deveria ser. Hoje queremos saber como elas são produzidas, como funcionam, quem é o fabricante, qual a eficácia, se pode haver algum evento adverso, entre outras questões.

Todo esse movimento, desde que as informações sejam obtidas a partir de fontes confiáveis, é muito positivo. O conhecimento é um direito do cidadão. Assim como a saúde, da qual a população abre mão ao não seguir as recomendações dos calendários de vacinação.

A queda das coberturas vacinais no Brasil começou em 2016 e se intensificou durante a pandemia de Covid-19. Em 2021, os números da imunização de crianças e adolescentes foram os piores em mais de 30 anos.

Estamos sob risco real de voltar a conviver com a paralisia infantil (poliomielite), eliminada do país há décadas, e ver o aumento de casos de diversas doenças, como a pneumonia, a meningite, a coqueluche e o sarampo.

Cabe destacar que a queda na busca pela vacinação durante a pandemia não é uma exclusividade brasileira: o fenômeno é global. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou como alarmante o declínio do número de crianças e adolescentes vacinados e alertou para a possibilidade de que conquistas históricas da vacinação sejam perdidas.

+ LEIA TAMBÉM: Qual é a diferença entre a vacina da gripe do SUS e a do particular?

No Brasil, um levantamento realizado pelo Ibope revelou que 29% dos pais adiaram a vacinação dos filhos após o surgimento da Covid-19. Desses, 9% planejavam levá-los somente quando a pandemia acabasse. Os piores indicadores foram obtidos nas regiões Norte e Centro-Oeste, onde, infelizmente, 40% das famílias atrasaram a imunização. A pesquisa, que ouviu pais das classes A, B e C, apontou que os atrasos ocorreram em todos os estratos sociais.

É muito importante ressaltar que não há vacina “desnecessária porque a doença é leve ou quase não existe mais”.

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É justamente a vacinação a responsável por hoje termos poucos casos, mortes e sequelas por enfermidades como a coqueluche, o sarampo e as meningites. Abandoná-la levará o país de volta a um passado nada glorioso, marcado pelo sofrimento gratuito de inúmeras famílias.

Esse cenário precisa ser mudado imediatamente. É essencial que as autoridades de saúde — nos âmbitos federal, estadual e municipal — invistam em estratégias de comunicação efetiva para conscientizar os brasileiros de que as vacinas não devem ser buscadas apenas durante surtos e para minimizar o impacto das fake news.

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Os profissionais da saúde também devem aproveitar a visita do paciente às unidades, independentemente do motivo, para conversar sobre o tema e esclarecer todas as dúvidas.

A todos os cidadãos cabem três missões importantes: manter o calendário vacinal em dia, levar as crianças aos postos de vacinação e buscar conhecimento em fontes confiáveis. São atos simples, rápidos e que demonstram o cuidado consigo e com o próximo. Afinal, informação responsável e vacinação salvam vidas!

* Juarez Cunha é presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm)

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