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É hora de falar dos sinais de alerta e da prevenção do câncer de intestino

No Setembro Verde, momento de conscientização sobre a doença, médica esclarece fatores de risco e sintomas e o que pode ser feito pela prevenção

Por Dra. Carmen Nadal, coloproctologista*
Atualizado em 25 abr 2023, 14h20 - Publicado em 19 set 2020, 21h33

Com o envelhecimento da população, houve um aumento nos casos de câncer de intestino (cólon e reto) em todo o mundo. Hoje a doença representa a segunda causa de morte por câncer em países desenvolvidos e o fenômeno se repete em nações em desenvolvimento como o Brasil.

A estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca) para 2020 aponta 40 990 novos casos, fazendo com que esse tumor seja o segundo mais frequente nos homens e nas mulheres por aqui.

Grande parte dos tumores de intestino aparece a partir de pólipos, que são lesões benignas que crescem na parede interna do órgão e podem se tornar malignas com o passar do tempo. Após os 50 anos de idade, a chance de ter pólipos gira entre 18 e 36%. Quando eles são detectados e retirados, impedimos o surgimento de um câncer.

A chance de cura para os tumores colorretais aumenta quando o diagnóstico é feito em fase inicial. Por isso, os exames de rastreamento devem ser realizados em pessoas assintomáticas. A fim de chamar a atenção para a prevenção e a detecção precoce da doença, a Sociedade Brasileira de Coloproctologia realiza em setembro uma campanha focada na conscientização sobre o problema.

O primeiro sinal da doença costuma ser a presença de sangue em pequena quantidade (imperceptível a olho nu) nas fezes. Não à toa, a triagem populacional é feita com a pesquisa de sangue oculto nas fezes. Quando esse teste dá positivo, deve-se realizar a colonoscopia (um exame de imagem feito com o paciente anestesiado) para detectar a fonte de sangramento. Além disso, durante a colonoscopia podemos retirar os pólipos encontrados e realizar biópsias das lesões suspeitas.

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Os principais fatores de risco relacionados ao câncer de intestino são:

  • Ter idade igual ou acima de 50 anos;
  • Estar acima do peso;
  • Ter histórico familiar ou pessoal de câncer de intestino, ovário, mama ou útero;
  • Manter uma alimentação pobre em vegetais e alimentos fontes de fibras;
  • Consumir rotineiramente carnes processadas, como salsicha, mortadela, presunto, bacon, peito de peru, salame etc;
  • Comer mais de 500 gramas de carne vermelha por semana;
  • Fumar e/ou abusar de bebidas alcoólicas.

Devemos ressaltar que doenças inflamatórias do intestinais, como retocolite ulcerativa e doença de Crohn, e relatos de polipose na família também aumentam o risco de câncer nesse órgão. Assim, seus portadores precisam ter acompanhamento individualizado com o especialista.

Também é importante conhecermos os sinais de alerta para a doença. Os sintomas mais frequentes quando o tumor está instalado são:

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  • Sangue nas fezes;
  • Mudanças persistentes no formato das fezes (elas ficam muito finas e compridas);
  • Alteração crônica do hábito intestinal (diarreia e prisão de ventre alternados);
  • Dor, cólicas ou desconforto abdominal;
  • Fraqueza e anemia;
  • Perda de peso sem causa aparente.

Diante desses sinais e sintomas, aconselhamos fortemente a procura por um especialista a fim de esclarecer a origem das alterações.

Mas é essencial lembrar que, acima dos 50 anos, muitas pessoas podem não apresentar indícios do problema. Daí a recomendação de realizar a pesquisa de sangue oculto nas fezes e/ou a colonoscopia de tempos em tempos. Tenhamos em mente que essa doença pode ser prevenida!

* Dra. Carmen Ruth Manzione Nadal é médica, membro titular da Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) e diretora da Associação Brasileira para Prevenção do Câncer do Intestino (Abrapreci)

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