Assine VEJA SAÚDE por R$2,00/semana
Imagem Blog

Com a Palavra Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Blog
Neste espaço exclusivo, especialistas, professores e ativistas dão sua visão sobre questões cruciais no universo da saúde
Continua após publicidade

Desvio na coluna de adolescentes precisa ser tratado

A chamada escoliose causa uma série de transtornos, de dificuldade na movimentação a bullying. Diagnóstico precoce é essencial para resolver o quadro

Por Carlos Romeiro, cirurgião de coluna
23 jan 2023, 14h09

Havia uma curva no meio do caminho, que não era para estar lá, especificamente na coluna vertebral. Essa é uma das principais características de quem é acometido pela escoliose idiopática, uma alteração na coluna que a deixa em formato de “S”.

No Brasil, 6 milhões de pessoas convivem com essa doença, prevalente principalmente em adolescentes do sexo feminino – devido ao estirão do crescimento, é nessa etapa da vida em que a condição costuma ser diagnosticada.

Existem tipos distintos da doença, como a escoliose congênita, causada por formação óssea anormal; as escolioses decorrentes de distúrbios neuromusculares, como a distrofia muscular; e a paralisia cerebral.

Porém, a mais comum é a deformidade idiopática. Sem causas definidas, essa doença pode ser identificada pelo desvio aparente na coluna e também por outros sintomas, como desalinhamento dos ombros, diferenças entre os lados na cintura e nos quadris, além de queixas de desconforto. Sem falar na autopercepção, que é o jeito que o paciente observa seu próprio corpo.

Continua após a publicidade

Mas nem sempre a curvatura da coluna ou demais sintomas da enfermidade são perceptíveis, o que retarda a procura por ajuda médica.

+ Leia também: Para indicar a cirurgia de coluna com mais confiança

Como médicos, temos urgência em ampliar o diagnóstico precoce dessa doença, justamente porque quanto antes seguirmos com o tratamento, maiores as chances de reversão do quadro.

Continua após a publicidade

Por isso, instituir políticas públicas de busca ativa da doença na fase escolar é fundamental para que a escoliose seja identificada e tratada.

A função da coluna vertebral

A coluna vertebral pode ser definida como um conjunto de ossos articulados que formam o eixo de sustentação do corpo. Mais do que proteger a medula espinhal, uma porção do sistema nervoso central, a coluna possibilita a agilidade, o movimento dos membros e a manutenção da postura ereta; protege órgãos internos; e ajuda na absorção e dissipação de choques mecânicos e pressão gravitacional.

Com tantas funcionalidades, é possível compreender o que uma deformidade em tal estrutura pode significar a longo prazo para a saúde do paciente.

Continua após a publicidade

BUSCA DE MEDICAMENTOS Informações Legais

DISTRIBUÍDO POR

Consulte remédios com os melhores preços

Favor usar palavras com mais de dois caracteres
DISTRIBUÍDO POR

A escoliose idiopática ainda afeta a qualidade de vida e autoestima. Infelizmente, adolescentes sofrem bullying devido à doença, uma situação inadmissível.

Tem solução

Um grande alento para os pacientes e seus familiares é que a escoliose pode ser tratada.

Continua após a publicidade

Dependendo das particularidades de cada caso, recomenda-se exercícios supervisionados por um fisioterapeuta, o uso de um colete ortopédico ou ainda a cirurgia, a artrodese da coluna.

O procedimento cirúrgico realinha e promove a fusão das vértebras, e é indicado quando o paciente apresenta curvas de 45 graus ou mais.

Apesar de o SUS (Sistema Única de Saúde) oferecer esse tipo de apoio aos pacientes, há uma fila de espera para quem necessita de procedimento cirúrgico.

Continua após a publicidade
Compartilhe essa matéria via:

Daí a ideia de criar o projeto Mude a Curva, um movimento filantrópico, conduzido pelo Brazilian Spine Study Group (BSSG). Trata-se de uma organização sem fins lucrativos fundada por seis cirurgiões de coluna cujo objetivo é operar pacientes regulados pelo SUS com deformidades vertebrais via mutirões.

Para tentarmos reverter o cenário da escoliose idiopática, precisamos falar sobre a doença e os desafios enfrentados pelos pacientes – e, claro, agir.

Só assim conseguiremos conscientizar e empoderar a população para tentarmos proporcionar mais finais felizes para quem sofre com esse problema.

*Carlos Romeiro é cirurgião de coluna e integrante do Mude a Curva, projeto que reúne médicos voluntários e realiza cirurgias pelo país para desafogar o sistema público de saúde

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.