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Asma, rinite, dermatite e urticária estão entre as alergias mais comuns

No Dia Mundial da Alergia, entenda por que acontecem e como tratar esses incômodos que atingem a pele e outros órgãos

Por Fátima Rodrigues Fernandes, alergologista e imunologista*
Atualizado em 8 jul 2023, 11h20 - Publicado em 8 jul 2023, 11h14
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Alergias são reações exageradas do sistema imune a substâncias (Foto: GI/Getty Images)
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As alergias, reações exageradas do sistema imune a substâncias que entram em contato conosco, estão aumentando. Estima-se que, até 2050, cerca de 50% da população mundial terá algum tipo de alergia.

Mudanças climáticas, alimentação de baixa qualidade e pouco contato com a natureza estão entre algumas das principais causas para o crescimento.

Neste artigo, vamos comentar as doenças alérgicas mais comuns incluindo duas delas, a asma e a rinite. Ambas pioram muito nesta época mais fria do ano, pois podem ser desencadeadas por viroses, como gripes e resfriados.

Rinite alérgica

Mais comum após os dois anos de idade, a doença atinge cerca de 20% das crianças e 30% dos adolescentes, de acordo com os dados do ISAAC (Estudo Internacional de Asma e Alergias).

A rinite alérgica caracteriza-se por inflamação das vias aéreas superiores e pode ser hereditária. Os sintomas incluem coceira no nariz e nos olhos, espirros seguidos, coriza e obstrução nasal.

A prevenção está relacionada aos cuidados ambientais, como evitar lugares empoeirados, mal ventilados e com muita poluição, incluindo a fumaça do cigarro.

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Medidas como o uso de capas para colchões e travesseiros, troca frequente da roupa de cama e evitar tapetes, carpetes e cortinas auxiliam no controle.

O tratamento medicamentoso deve ser personalizado pelo especialista, que poderá lançar mão da imunoterapia, única estratégia capaz de controlar a rinite alérgica em longo prazo.

+ Leia também: Asma interfere na qualidade do sono dos pacientes

Asma

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Muitos pacientes relatam crises de asma durante a madrugada. (Foto: krakenimages.com/Freepik/Divulgação)

A asma atinge cerca de 10% da população brasileira, é uma doença inflamatória crônica das vias respiratórias e pode ser causada ou intensificada por diversos fatores.

Entre eles, o contato com ácaros da poeira, mofo, pólens, poluentes, vírus, refluxo gastroesofágico e predisposição genética.

Os sintomas são: falta de ar, chiado no peito, tosse, dor e sensação de aperto no peito.

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Embora não tenha cura, a asma tem tratamento e pode ser controlada se o paciente seguir corretamente a orientação do especialista.

O tratamento acontece com corticoides inalados, associados ou não a broncodilatadores e imunoterapia (vacina para alergias).

Nos casos mais graves, é possível lançar mão dos imunobiológicos, medicamentos que representam uma revolução no quesito tratamento.

Tipos de alergia na pele

A dermatite atópica (DA) é uma doença inflamatória da pele, crônica, que atinge, principalmente, crianças desde o primeiro ano de vida e adolescentes.

Estima-se que ela afete cerca de 10% das crianças e 3% dos adultos. Desse percentual, 5% apresentam a forma mais grave da doença, com lesões extensas e crises recorrentes.

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Os sintomas da DA são coceira intensa, que piora à noite, pele muito ressecada, placas vermelhas e infecções de pele.

+ Leia também: O impacto do estresse no cabelo e na pele

A coceira persistente compromete a qualidade de vida e provoca mudanças do comportamento, como irritabilidade, dificuldade na socialização e alterações do sono. Em alguns casos, pode até levar a quadros de depressão.

O tratamento da DA inicia-se com cuidados e hidratação da pele. Para controle da inflamação, recomenda-se o uso de corticoides nas lesões da pele. Nos casos mais graves, são prescritos imunossupressores e antibióticos, de acordo com a avaliação médica.

Recentemente, os imunobiológicos têm sido indicados para controle dos casos que não responderam aos tratamentos habituais.

Além da DA, vale destacar que, no Brasil, mais de um milhão de pessoas têm urticária crônica. Trata-se de outra doença que provoca grande impacto na qualidade de vida do paciente devido às lesões cutâneas e coceira, podendo também ocasionar quadros de depressão e ansiedade.

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Este quadro, que dura mais que seis semanas, pode ocorrer em qualquer idade.

O tipo, frequência e duração das lesões precisam ser analisados pelo especialista para se ter o diagnóstico correto.

A presença de inchaço associado ou isolado, história de atopia (sensibilização a alérgenos), outras comorbidades, e associação com sintomas sistêmicos, como febre, dor nas articulações, dor muscular e diarreia podem fazer parte do quadro clínico.

Antialérgicos de segunda geração, que não causam sonolência, imunossupressores e imunobiológicos fazem parte do tratamento da urticária, de acordo com a gravidade.

Dia Mundial da Alergia

A data foi criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para conscientizar as pessoas sobre a importância de prevenir e tratar corretamente as alergias.

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São vários tipos, que afetam muito a qualidade de vida e, em alguns casos, podem ter complicações graves.

É possível encontrar tratamentos eficazes, que devem ser definidos caso a caso. Basta procurar atendimento médico especializado no assunto.

*Fátima Rodrigues Fernandes é médica e vice-presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI)

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