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Crianças e adolescentes com alergia alimentar têm pior qualidade de vida

As restrições à comida acabam gerando muita preocupação com a exposição a esses itens proibidos fora de casa, o que tem um grande impacto social

Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein*
14 jul 2022, 17h01

Quem convive com crianças e adolescentes que precisam evitar certos alimentos sabe do impacto disso na rotina e na qualidade de vida. E quanto mais grave a alergia alimentar e mais tardio o diagnóstico, pior o efeito. Esse dado acaba de ser reforçado por uma revisão de estudos conduzida por pesquisadores canadenses da Universidade de Manitoba e publicada no periódico científico Pediatric Allergy and Immunollogy

Os cientistas analisaram informações de mais de 8 mil pacientes em 45 artigos quantitativos e outros nove qualitativos, todos associando o tema com saúde e bem-estar psicológico e social em crianças alérgicas desde o nascimento até os 19 anos. Eles avaliaram os dados sobre a saúde total, socialização, relacionamentos emocionais e desempenho funcional.

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Segundo a pesquisa, as restrições à comida acabam gerando preocupação com a exposição a esses itens fora de casa. “Isso já aparece a partir dos 4 ou 5 anos de idade”, observa o pediatra e alergista Victor Nudelman, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. “Começa com as limitações nas festinhas, porque a criança ela sabe que não poderá comer coisas que amigos e irmãos comem”, ressalta. 

+Leia também: Alergia alimentar: ela está mais comum, mas nem tudo é culpa dela

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Entre 20% e 32% das crianças também relatam sofrer bullying e afastamento dos colegas, revela o levantamento. 

Dos pacientes incluídos na revisão, os mais velhos e que conheciam sua limitação desde cedo tendiam a aceitar melhor a condição. Por outro lado, aqueles que descobriram o problema mais tarde sofreram mais para se adaptar. “Quanto antes o diagnóstico, melhor”, diz Nudelman.

Como não é possível simplesmente eliminar a alergia, é preciso criar um ambiente favorável, que desperte a consciência e eduque também os familiares sobre as necessidades específicas daquela criança. “A casa inteira precisa aderir. Às vezes o problema está na família, que não dá tanta importância”, nota o especialista. 

Assim, é possível aliviar o peso dessas restrições. E vale lembrar: em muitos casos o problema é passageiro, melhorando com a idade.

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Cerca de 8% das crianças no mundo têm alguma forma de alergia alimentar, segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia. Dois dos principais itens alergênicos na infância – leite e ovo – costumam provocar menos reações com o passar dos anos. Já as alergias aos frutos do mar, amendoim e castanhas normalmente duram por mais tempo.

*Este conteúdo é da Agência Einstein

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