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Como se proteger da principal infecção respiratória da primeira infância

É a bronquiolite! Médico explica como resguardar os pequenos da doença, que é comum neste período do ano e pode levar a hospitalizações

Por Felipe Lora, pediatra*
Atualizado em 29 jun 2021, 15h36 - Publicado em 28 jun 2021, 10h13
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  • A bronquiolite é uma doença infecciosa que pode ser causada por diversos vírus, dentre eles o mais comum é o chamado vírus sincicial respiratório (VSR). Ele causa grande inflamação em uma parte específica do aparelho respiratório, os bronquíolos, que levam o ar até os pulmões. Esse processo é capaz de obstruir o fluxo de entrada e saída de oxigênio do corpo, a ponto de provocar uma insuficiência respiratória.

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    O problema acomete principalmente crianças com menos de 2 anos e, na maior parte das vezes, podemos realizar um tratamento domiciliar com medicações para os sintomas após o diagnóstico clínico. Infelizmente, porém, uma parcela considerável de pequenos pacientes, sobretudo bebês de poucos meses de idade, acaba evoluindo para uma forma grave da doença.

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    Nessas situações, precisamos avaliar de perto o volume de oxigênio no sangue (através da oximetria de pulso), identificar rapidamente o vírus por teste específico e realizar raio-x de tórax a fim de averiguar eventuais complicações. São recursos obrigatórios a serem considerados ao se procurar um serviço de urgência pediátrica — bem como a capacidade do hospital de cuidar de bebês em estado de saúde grave.

    O hospital deve ser procurado quando, além dos sintomas iniciais da bronquiolite (tosse, febre, congestão nasal e chiado no peito), a criança apresentar sinais de agravamento como:

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    Nesses casos, o tratamento com oxigênio pode ser necessário, preferencialmente em um local com fluxo seguro de cuidados intensivos e isolamento. Também pode ser essencial ter o acompanhamento de pediatras e pneumologistas infantis (entre outros subespecialistas da pediatria), capazes de fazer a melhor indicação de medicamentos anti-inflamatórios.

    Ainda não existe vacina para o VSR. Apesar da redução da incidência da doença em dois terços dos casos durante o isolamento imposto pela pandemia da Covid-19, a expectativa é de retorno a níveis antes habituais, já esboçada com aumento de 36,5% de 2020 para 2021 até o momento. São estimados 150 mil diagnósticos ao ano no Brasil.

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    Se considerarmos apenas o período sazonal de maior circulação habitual do vírus (março a maio), neste ano já aumentaram em 86% os diagnósticos e em 73% as internações por essa causa, segundo dados do Sabará Hospital Infantil, em São Paulo.

    Podemos prevenir a bronquiolite e outras doenças virais por meio de lavagem das mãos e uso de álcool gel e ao evitar contato com pessoas doentes e aglomerações. A prescrição de um anticorpo monoclonal específico é um método indicado apenas a uma parte das crianças de maior risco, com o intuito de reduzir o risco de hospitalização.

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    Assim, conhecer o problema e os sinais de gravidade e ter como referência um bom serviço de pediatria fazem muita diferença para preservar a saúde das crianças.

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    * Felipe Lora é pediatra e gerente médico do Sabará Hospital Infantil

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