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Como amenizar a fobia social na volta às aulas

Existem formas de lidar com as angústias dos pequenos no retorno à escola. Especialista traz seis conselhos para que esse momento seja mais tranquilo

Por Telma Abrahão, especialista em educação emocional*
25 fev 2021, 12h28
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  • O mundo está passando por um momento que nunca vivemos antes. Diante da pandemia de Covid-19, é normal que exista insegurança nessa etapa de conduzir as crianças na volta às aulas. Tal insegurança vai além das questões que envolvem o receio da contaminação pelo coronavírus. Ela abrange a esfera emocional dos pais, que repercute nos filhos.

    A aflição é simbolizada pela pergunta: como ajudar meu filho a voltar à escola sem ter de sofrer e chorar? Na verdade, chorar faz parte da infância. A criança chora porque essa é uma das formas que ela conhece de demonstrar medos e angústias. Mais importante do que tentar impedir o choro é aprender a entendê-lo e validá-lo.

    Neste período de incertezas, a volta às aulas pode ser acompanhada de ansiedade, choro, tristeza e fobia social. Mas existem formas de minimizar ou contornar isso e que ajudam as famílias a passar por essa fase de forma mais leve e tranquila.

    Acolha as emoções do seu filho

    Quando temos nossas emoções acolhidas e validadas, nos sentimos mais seguros para enfrentá-las. Tudo bem ficar triste ou com medo — são reações humanas naturais. O ponto que faz diferença é os pais entenderem que eles são os “adultos” da relação e que seus filhos buscam segurança neles. Se seu filho chorar, abrace-o, demonstre empatia, diga que entende seus sentimentos e, na ida à escola, reforce que em breve vocês estarão juntos em casa novamente.

    Cuide das suas próprias emoções

    Passamos os últimos 12 meses inundados em uma pandemia que virou a vida de todos de ponta-cabeça. Quanto de medo e angústia existe dentro de cada pai ou mãe? As crianças sentem tudo isso. Daí a importância de se manter positivo, otimista e confiante nas decisões tomadas. Verbalize para seu filho quanto você está feliz de vê-lo voltando à escola, fazendo amigos, aprendendo coisas novas e incríveis.

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    Confie na escola

    Se você gosta da escola que escolheu, fique em paz. Confiar na escola é um divisor de águas nestes tempos. Certifique-se de que ela esteja tomando as medidas de proteção e saiba que, se você está seguro de que ela atenderá as necessidades físicas e emocionais do seu filho, essa segurança vai se refletir no comportamento da criança. No momento de se separar dos pais (ainda mais depois do isolamento social), muitas crianças choram mesmo. Mas, se você se sentir seguro e passar essa tranquilidade ao seu filho, é maior a chance de ele se juntar aos coleguinhas e logo ficar bem.

    Aposte na capacidade de superação do seu filho

    Confie nele também: a criança é capaz de se adaptar e enfrentar os desafios que surgem ao longo do caminho. Por trás dos pequenos que confiam em si mesmos existem pais que confiaram neles primeiro.

    Faça atividades em família

    Elas ajudam as crianças a retomarem as aulas com mais serenidade. Você pode bolar inclusive atividades que ilustram a ida à escola. As crianças são muito lúdicas, aprendem brincando. Uma forma divertida de abordar a volta às aulas é comprar uma cartolina e pedir para seu filho desenhar tudo de legal que ele pode aprender na escola. Vocês podem desenhar brincadeiras no parquinho, a interação com os amigos e inclusive medos e aflições. Esse exercício ajudará a demonstrar o que ele sente e a compreender suas emoções.

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    Dedique um tempo ao antes e ao depois da escola

    Ter um tempo de qualidade junto à criança, para brincar, conversar ou simplesmente se conectar com ela, é essencial para abastecer suas necessidades emocionais de afeto e atenção. Sabemos que na escola, apesar da socialização, a criança precisa dividir a atenção da professora com os colegas. Quando os pais se dedicam aos filhos antes ou depois da escola, eles se sentem mais acolhidos e encorajados.

    Lembre-se: tudo na vida gira em torno de aprendizados, erros e acertos. Com o apoio emocional dos pais, fica mais fácil para as crianças superarem essa fase tão desafiadora que estamos atravessando.

    * Telma Abrahão é educadora parental, especialista em educação emocional e autora do livro Pais que Evoluem, da Literare Books (clique para comprar)

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