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Como a telemedicina ajuda crianças com viroses respiratórias

Consultas virtuais podem suprir demanda aumentada de atendimento a crianças com bronquiolite, Covid-19 e outras infecções

Por Anna Clara Rabha, pediatra*
26 jun 2022, 18h57
bronquiolite e covid em crianças
Demanda por leitos chegou a lotar UTIs pediátricas no fim de maio.  (Foto: Unsplash / Aditya Romansa/Divulgação)
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A pandemia virou o mundo de cabeça para baixo. Nos fez observar a fragilidade do sistema de saúde e o que a falta de conhecimento da população pode gerar: filas de espera nos prontos-socorros, prescrição de exames e medicamentos sem evidência científica, notícias falsas, medo disseminado sobre vacinação, entre outros. Dois anos depois, aparentemente o pior ficou para trás. Mas o que muitos não sabem é que, todos os anos, vivemos nesta época um surto de vírus respiratórios que causam bronquiolite nas crianças menores de 3 anos . Elas estão morrendo nas filas de espera dos hospitais, sofrendo por falta de atendimento adequado.

O Sabará Hospital Infantil, por exemplo, relatou que, de 1º de janeiro a 15 de maio, foram 6 536 suspeitas de infecções de vias aéreas e 747 crianças com bronquiolite atendidas no pronto-socorro. O rhinovírus, o vírus sincicial respiratório e o metapneumovírus foram os identificados com maior frequência.

Além disso, nas últimas semanas, os casos positivos para Covid-19 vêm aumentando. Na capital paulista, de janeiro a maio deste ano foram notificados 12 601 casos de síndrome gripal e 4 696 de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em crianças de até 4 anos. Cerca de 84% das enfermarias pediátricas e 86% dos leitos de UTI estão ocupados no estado de São Paulo.

+Leia também: Onda silenciosa de Covid-19 põe idosos e crianças em risco

Segundo o InfoGripe, este é um problema crescente em mais de 95% do estado, que se encontra em atenção. Mas além de aumentar o número de leitos, o que os sistemas privado e público estão fazendo para se antecipar a essa demanda e agregar valor à saúde das nossas crianças?

Para a maioria dessas perguntas, não temos as respostas. Entretanto, de uma coisa sabemos: para dar conta das necessidades e reduzir as filas de espera nos hospitais, a telemedicina tornou-se a nossa maior aliada.

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Assustados com o tempo de espera – que pode passar de três horas no pronto-socorro –, cada vez mais pais têm recorrido com sucesso à consulta virtual, recebendo tratamento no tempo adequado e orientações quanto à real necessidade de ida ao hospital. O exame físico, fundamental no pilar diagnóstico e assistência médica, até certo ponto se tornou possível de ser realizado à distância, graças a dispositivos que permitem a telepropedêutica (coletar dados do paciente a distância).

Escutar o pulmão e coração e ver o ouvido de maneira remota já é uma realidade, para ter ideia. Estudos consideram essa opção uma alternativa segura na comparação com o exame físico tradicional.

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Orientação e atenção primária são as palavras de ordem. É necessário a conscientização da população sobre a importância do acompanhamento regular dos seus filhos com seus pediatras, quanto aos sinais de alarme para procurar a emergência no tempo correto. E também sobre prevenção das doenças respiratórias.

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A pandemia nos trouxe ensinamentos valiosos e nos mostrou a importância de mudar a forma como consumimos e fornecemos saúde. Com a telemedicina, conseguimos levar atendimento de qualidade, reduzir internações, diminuir a morbidade das doenças e transmitir carinho à distância. Limitados pela falta de espaço físico e recursos médicos, é necessário se reinventar para suprir as demandas das nossas crianças.

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O futuro da nossa sociedade está pedindo ajuda. E os bebês que estão nascendo na era mais tecnológica que já vivemos precisam justamente dela para sobreviver.

*Anna Clara Rabha é Mestranda em Pediatria e Ciências aplicadas à Pediatria pela Unifesp; integrante dos Comitês de Saúde Digital e de Imunodeficiência da Sociedade Brasileira de Alergia e Imunologia e diretora médica da Tuinda Care, startup que tem como aceleradores os hospitais infantis Pequeno Príncipe (PR) e Sabará (SP)

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