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Câncer infantil: desafios em busca da cura

Conheça as particularidades do tratamento de tumores em crianças

Por Sidnei Epelman*
Atualizado em 14 jun 2019, 17h48 - Publicado em 22 out 2017, 10h36

Poucas pessoas sabem, mas o câncer infantil é mais agressivo e invasivo quando comparado aos tumores que acometem os adultos. Na maioria dos casos, os sintomas são difíceis de ser reconhecidos e facilmente confundidos com os de outras condições, o que provoca atraso no diagnóstico. Logo, não é incomum se fazer a detecção quando a doença já está disseminada.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), os tumores representam a primeira causa de morte por doença entre crianças e jovens de 1 a 19 anos. Só em 2017 estima-se que ocorrerão 12,6 mil novos casos no Brasil.

O cenário pode soar desanimador, mas existe um lado positivo: pelo mesmo motivo que o câncer infantil é agressivo, as chances de cura também são altas. Isso acontece porque as doenças da infância, caso da leucemia linfoide aguda (LLA), têm uma característica que as torna mais responsivas a certos tratamentos. A LLA ataca os glóbulos brancos e faz com que tais células se multipliquem mais rápido. Ora, são justamente as células em constante proliferação que respondem melhor à quimioterapia.

O diagnóstico precoce também é importante, mas demanda que sejam trabalhados outros fatores essenciais para alcançarmos um modelo de saúde qualificado e favorável à cura do câncer. É o que mostrou um estudo recente e do qual fiz parte publicado na revista científica The Lancet Oncology. Do que falamos? De educação da comunidade, aumento no número de profissionais capacitados, pesquisas relevantes no setor, uma rede de conexão entre hospitais regionais, colaboração internacional e acesso a diagnóstico e tratamentos precisos.

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No Hospital Santa Marcelina, onde atuo em São Paulo, já foram atendidos, em parceria com a TUCCA, mais de 2 900 crianças e adolescentes de todo o país desde 1998. Dos 286 casos de câncer diagnosticados na oncopediatria do hospital em 2016, o tipo mais comum foi a LLA, representando 28,4% dos episódios.

Na sequência aparecem o retinoblastoma (um tumor ocular), ocupando 13,7%, e os tumores do sistema nervoso central, com 10,2%. Os linfomas configuram 9% dos casos e, em números menores, vêm os tumores renais, ósseos, sarcomas e o neuroblastoma.

Somente com a união de políticas e estratégias em prol do diagnóstico precoce, do tratamento efetivo e da cura é que vamos prosperar na luta contra o câncer infantil.

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*Sidnei Epelman é oncologista pediatra, diretor do Serviço de Oncologia Pediátrica do Hospital Santa Marcelina (SP) e presidente da TUCCA (Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer)

 

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