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As mulheres são mais afetadas pela prisão de ventre. O que fazer?

A constipação é pra lá de comum no sexo feminino, como mostra uma especialista. Mas há sempre o que fazer para melhorar o funcionamento do intestino

Por Dra. Luciana Marzan, coloproctologista*
Atualizado em 18 mar 2021, 15h50 - Publicado em 19 mar 2019, 12h17
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  • A constipação atinge até 30% da população, sendo mais comum em mulheres. Embora usualmente fácil de prevenir e de tratar, ela afeta negativamente a qualidade de vida e, em casos específicos, pode refletir um problema mais sério e necessitar de intervenção médicas ou mesmo cirurgia.

    Agora, por que a prisão de ventre é mais incidente no sexo feminino? Entre as causas está a influência dos hormônios. Antes da menstruação, por exemplo, muitas mulheres notam alteração do funcionamento do intestino.

    Outra explicação é o hábito ainda comum de não obedecer ao desejo de fazer cocô, o que pode causar ressecamento das fezes, dificuldade de eliminá-las e ferimento no ânus (fissura anal) pelo esforço repetitivo para evacuar. Após a menopausa o quadro pode se agravar, porque há queda dos níveis de estrogênio.

    Verdade que a função intestinal dita normal é bastante variável. Uma pessoa pode fazer cocô a cada três dias ou até três vezes por dia e estar tudo bem. A crença de que todos devemos evacuar uma vez por dia não é correta e comumente leva ao uso desnecessário ou mesmo abusivo de laxantes.

    Além da frequência, as fezes devem ser expelidas com facilidade e sem esforço excessivo. Ao sair do banheiro, o indivíduo precisa ter a sensação de eliminação completa.

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    Os sintomas comuns no dia a dia de um constipado são: queixas de intestino lento, muito esforço para eliminar as fezes (às vezes até necessitando de ajuda manual), dor e distensão abdominal.

    Na maioria das ocasiões, a prisão de ventre é causada por baixa ingestão de fibras e de líquidos ou por falta de atividade física. No entanto, outras condições afetam a função intestinal, como diabetes, hipotireoidismo e depressão. Medicamentos para dor e hipertensão (pressão alta), antidepressivos, drogas psiquiátricas e antiácidos também podem influenciar no surgimento do problema.

    Há condições mais sérias que têm natureza mecânica, como doenças que causam inflamação e culminam com estreitamento do intestino, dificultando a passagem do cocô. A diverticulite, a doença de Crohn e certos tumores são exemplos. Seu médico deverá ser capaz de reconhecer essas situações.

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    A falta de coordenação da musculatura do ânus no momento da evacuação também é um possível motivo de dificuldade para expulsar as fezes.

    Inicialmente, caso o paciente não tenha qualquer sinal de alarme (sangramento, emagrecimento, anemia) ou for acima de 45 anos, o tratamento pode ser iniciado com dieta rica em fibras, ingestão de líquidos e exercícios.

    Atenção: o uso de laxativos deve ser avaliado pelo médico. Nada de automedicação!

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    Por outro lado, uma prisão de ventre que começa cedo na vida ou que já vem de longa data e só piora – mesmo após a adoção de medidas preventivas simples – merece ser investigada. Fezes finas são outro sinal que deve ser reportado ao médico.

    Em situações nas quais o movimento intestinal é muito raro ou em que há obstrução ou dificuldade extrema para expulsar as fezes, exames bem específicos auxiliam o diagnóstico e direcionam o tratamento. Ou seja, até nas situações mais complicadas, há o que fazer.

    A chave para o sucesso do tratamento é a correta investigação diagnóstica. Informe-se e busque orientação com seu médico.

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    *Dra. Luciana Marzan é médica e membro titular da Sociedade Brasileira de Coloproctologia

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