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Afinal, a tecnologia vai substituir os médicos um dia?

Especialista em biotecnologia reflete sobre o impacto de inteligência artificial, robôs e a realidade do 5G na forma de fazer diagnósticos e tratamentos

Por Carlos Zago, CEO da MKM Biotech*
4 out 2022, 09h22

A habilidade de prever o futuro sempre foi um grande desejo da humanidade. Quem não gostaria de prever o próximo número da loteria, a ação na bolsa que irá decolar ou até mesmo o resultado da Copa do Mundo que está chegando? Por mais que prever o futuro seja uma tarefa complicada, imaginar como ele seria é algo sempre divertido e, por vezes, pode se provar inspirador. As viagens do homem à Lua foram inspiradas pelos livros de Julio Verne e os primeiros telefones celulares, inspirados nos comunicadores de Star Trek.

Na área da saúde não é diferente. Muitos livros, séries e filmes de ficção científica imaginaram como seria a relação dos humanos do futuro com tratamentos e doenças. Star Trek nos introduziu ao Tricorder, um scanner capaz de identificar e diagnosticar condições de saúde de forma indolor e imediata.

Já o filme Elysium apresentou uma máquina semelhante a um equipamento de tomografia, mas com a capacidade de alterar o DNA e curar doenças instantaneamente. Nem mesmo os filmes de super-herói ficaram de fora: na segunda aparição dos Avengers, em Era de Ultron, o personagem Hawkeye tem uma parte de seu abdômen reconstruída por um aparelho que recria tecidos.

Mas quão próximos estamos de confiar nossos corpos aos cuidados da tecnologia? Bom, todos nós já fazemos isso quando pesquisamos sintomas no Google ou realizamos qualquer exame de imagem (na prática, é basicamente uma máquina mostrando para um médico o que há de errado por dentro do corpo). E o fato é que, ano a ano, cada vez mais tecnologias são incorporadas ao diagnóstico e ao tratamento médico.

Logo, dá pra imaginar que esses profissionais serão substituídos por máquinas inteligentes? Sim! E não!

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+ LEIA TAMBÉM: A ascensão das healthtechs em meio à regularização da telemedicina no país

Vejamos os exames de imagem. Antigamente, caso houvesse algo de errado com uma pessoa e o médico não fosse capaz de diagnosticar apenas com o exame físico, era necessário abrir o corpo  para se compreender o que estava acontecendo. Esse procedimento se chamava cirurgia exploratória. Com a introdução de exames como raio-x, tomografia e ressonância magnética, os cirurgiões passaram a atuar apenas em cirurgias necessárias ao tratamento e não mais para diagnóstico. Portanto, eles foram substituídos, mas ainda assim mantiveram outro papel fundamental.

Consequentemente, o mesmo é de se esperar com qualquer avanço futuro. Quando mãos de robôs forem mais precisas que mãos humanas para realizar as cirurgias comuns, os cirurgiões estarão dedicados a fazer as cirurgias mais complexas ou a desenvolver novas técnicas cirúrgicas. Quando uma inteligência artificial laudar um raio-x com maior precisão que um radiologista, novos exames estarão surgindo e precisarão de uma interpretação humana.

Em suma, a tecnologia avança, mas a atuação humana também. No futuro, tudo que um médico faz hoje poderá ser substituído, sim, e isso significará que os médicos, provavelmente, também estarão realizando novas funções e procedimentos que ainda não existem. A tecnologia da saúde anda de mãos dadas com os profissionais da área e todos estão caminhando na direção de melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

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* Carlos Zago é médico e CEO da MKM Biotech

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