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Mariana Del Bosco é nutricionista expert em alimentação infantil e mãe da Alice e da Isabel. Por aqui ela traz as lições da ciência e da experiência (de casa e do consultório) para a criançada comer melhor
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Por que as refeições em família fazem toda a diferença

Na mesma mesa, pais, avós e filhos compartilham momentos e alimentos, contribuindo para a formação e a incorporação de hábitos saudáveis

Por Mariana Del Bosco
15 fev 2021, 10h20

A diferença semântica entre as palavras “alimento” e “comida” nos faz entender que toda substância nutritiva é um alimento, mas nem todo alimento é comida. A comida é o alimento transformado pelas representações culturais e afetivas e traz identidade ao grupo e ao indivíduo. Se você é brasileiro, certamente se identifica com quem come arroz com feijão, mesmo que não seja seu prato favorito.

Comer é um ato biológico, que traz nutrientes para o funcionamento do organismo. Mas comer também é um ato social, que sofre interferência do cotidiano e das relações interpessoais. Se o hábito alimentar fosse moldado unicamente pelo instinto, deveríamos buscar exatamente os alimentos necessários para a manutenção da vida, mas o processo de escolha do ser humano é bem mais complexo.

A nossa relação com a comida molda-se com o tempo e, desde as primeiras experiências alimentares, a família tem um papel central nessa construção.

No útero, o bebê já recebe as nuances de sabor da dieta materna através do líquido amniótico. Algumas pesquisas apontam que essa exposição é capaz de interferir no reconhecimento e na aceitação de certos sabores e alimentos nas primeiras refeições.

A partir do nascimento, o bebê já consegue se alimentar no seio materno, expressar suas sensações de fome e saciedade, determinar o volume ingerido, a velocidade de sucção e o momento de parar de mamar. A partir dos 6 meses de vida, tem início a alimentação complementar. E o bebê que participa das refeições com a família tem a oportunidade de aprender por imitação.

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Para quem está nesse universo de maternidade e paternidade, já sabe que há muita discussão acerca dos métodos para a introdução alimentar. Mas estamos nos atentando também às circunstâncias e às companhias da criança na hora da refeição?

Há evidências de que comer em família favorece, de um modo natural e espontâneo, maior consumo de frutas, legumes e verduras e menor oferta de doces e bebidas açucaradas. Quanto maior o número de refeições em família, maior a tendência de se propagar e incorporar bons hábitos.

Apesar desses benefícios, o estilo de vida contemporâneo em muitos lares impulsiona refeições rápidas e prontas, com poucas interações familiares. Uma pena!

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A palavra “comensalidade” — do latim “com” (junto) e “mensa” (mesa) — significa a partilha do momento e do local das refeições. Esse hábito social fortalece vínculos afetivos e determina os registros que fazemos das experiências alimentares.

Ao escrever este texto, me lembro da minha infância na Mooca, na casa da minha avó Alice, da mesa cheia de gente e do molho de tomate. Embora o molho de tomate caseiro da minha avó seja bem nutritivo, é o gosto de domingo da minha infância o que o faz especial.

Que registro alimentar você tem da sua infância? Já pensou o que gostaria que seu filho guardasse? Tenho certeza que não é a imagem da galinha pintadinha, não é mesmo?

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