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O Futuro do Diabetes

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Carlos Eduardo Barra Couri é endocrinologista, pesquisador da USP de Ribeirão Preto e criador do Endodebate e do Diacordis. Aqui ele mapeia os cuidados e os avanços para o controle do diabetes

O que o pré-diabetes do cantor Belutti tem a nos dizer

Músico de dupla sertaneja anunciou diagnóstico da condição que afeta 15 milhões de brasileiros e aumenta riscos à saúde. Ela não é uma pré-doença!

Por Carlos Eduardo Barra Couri
16 nov 2020, 13h02
marcos belutti pré-diabetes
Pré-diabetes não exime paciente de cuidados com o estilo de vida e pode exigir uso de remédios.  (Ilustração: Ana Matsusaki/SAÚDE é Vital)
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Recentemente, o cantor Belutti, da dupla sertaneja Marcos & Belutti, falou publicamente sobre o seu diagnóstico de pré-diabetes. Mas esse problema é comum? Sim! Só no Brasil temos cerca de 15 milhões de pessoas nessa situação, segundo a Federação Internacional de Diabetes (IDF). Isso mesmo: 15 M-I-L-H-Õ-E-S!

Muita gente ainda se engana pensando que o pré-diabetes é uma espécie de pré-doença. Não é! Pelos estudos até agora, podemos dizer que definitivamente é uma doença pra valer, que implica diversos riscos à saúde. Numa coluna anterior, explico os valores de glicose que indicam quando uma pessoa tem níveis glicêmicos saudáveis, se encontra com pré-diabetes ou diabetes propriamente dito.

O maior perigo que ronda pessoas com pré-diabetes é que elas encaram maior risco de infarto do coração e derrame cerebral em comparação com aquelas com a glicemia normal. Além disso, apresentam uma maior probabilidade de enfrentar problemas e sequelas nos nervos, nos olhos e nos rins. Sim, como ocorre com o diabetes em si. Que pré-doença é essa?

Por isso é que precisamos agir para fazer o diagnóstico do pré-diabetes e controlá-lo. O principal pilar do tratamento é um estilo de vida saudável, com atividade física regular, alimentação balanceada e redução do peso para aquelas pessoas com quilos a mais.

Os medicamentos que baixam a glicose também se fazem cada vez mais importantes já nessa fase. A sexagenária metformina é capaz de postergar a progressão do pré-diabetes para o diabetes. A pioglitazona, remédio que, assim como a metformina, reduz a resistência insulínica, ajuda a evitar essa evolução e diminuir o risco de infarto e AVC. E outros fármacos podem ser convocados pelo médico com essa finalidade.

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Com a adesão do paciente, os níveis de glicose chegam a ser normalizados. Isso não significa cura nem reversão completa, mas quer dizer que o indivíduo está com a saúde melhor e menos suscetível a complicações e sequelas futuras. O tratamento do pré-diabetes, da mesma forma que acontece com o diabetes, é para a vida toda. Então, fique de olho! E cuide-se!

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