Assine VEJA SAÚDE por R$2,00/semana
Imagem Blog

O Futuro do Diabetes Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Blog
Carlos Eduardo Barra Couri é endocrinologista, pesquisador da USP de Ribeirão Preto e criador do Endodebate e do Diacordis. Aqui ele mapeia os cuidados e os avanços para o controle do diabetes
Continua após publicidade

Injeção contra o diabetes agora vira comprimido diário

Remédio injetável e de uso semanal para pessoas com diabetes tipo 2 tem versão oral e diária aprovada nos Estados Unidos

Por Dr. Carlos Eduardo Barra Couri
Atualizado em 10 out 2019, 17h09 - Publicado em 1 out 2019, 15h49

Uma classe de medicamentos injetáveis ganhou destaque no tratamento do diabetes tipo 2 nos últimos anos. Estamos falando de injeções subcutâneas que simulam a ação de um hormônio, o GLP-1.

O GLP-1 é uma molécula naturalmente produzida pelo intestino humano quando acontece a passagem dos alimentos. Entre suas muitas ações, destacamos:

  • Ele reduz o apetite e aumenta a saciedade;
  • Diminui os movimentos do estômago;
  • Regula a liberação de insulina e glucagon (responsáveis pela modulação dos níveis de glicose) lá no pâncreas.

Ao imitar o hormônio, essas medicações se mostraram excelentes para o controle do açúcar no sangue e também para a redução de peso corporal. E tudo isso sem impor grandes riscos de hipoglicemia. Estudos mais recentes atestaram, ainda, que a classe dos análogos de GLP-1 também minimiza o risco de problemas cardiovasculares — doenças mais letais para pessoas com diabetes.

Apesar de tantos benefícios, o ponto crucial que faz com que muitas pessoas não usem esse tipo de medicamento é o fato de ser injetável. Mesmo com o desenvolvimento de canetas de aplicação supermodernas, com agulhas quase invisíveis, ter de se picar assusta muita gente.

Continua após a publicidade

Daí que a adesão e o uso à risca conforme prescrição médica se revelam baixíssimos. Ainda mais porque inicialmente esses remédios tinham de ser aplicados duas vezes ao dia. Para facilitar a vida do paciente, foram lançados mais recentemente produtos de uso semanal.

Mas a luta pela adesão ganha um novo reforço: foi aprovado há pouco nos Estados Unidos o primeiro análogo de GLP-1 de uso oral. Sim, um comprimido diário com o princípio ativo semaglutida.

Essa versão, desenvolvida pela farmacêutica Novo Nordisk, parece ter benefícios clínicos no controle da glicose e do peso muito semelhantes aos do produto injetável. O grande pulo do gato da nova formulação, assim se espera, é a adesão no longo prazo.

Continua após a publicidade

A pergunta que fazemos é: de que adianta um medicamento de ponta e efetivo se o paciente não o utiliza direito? Eis um avanço que essa notícia traz para o tratamento do diabetes tipo 2. A expectativa é que a semaglutida oral seja lançada no Brasil em 2020.

Enquanto isso, vamos cuidar da saúde — inclusive tomando os remédios receitados pelo médico!

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.