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O impacto da Covid-19 nos planos de saúde das empresas

Consultor analisa como a pandemia mexe (e continuará mexendo) com os convênios e a gestão de saúde nas empresas

Por René Ballo, consultor*
Atualizado em 18 set 2020, 15h48 - Publicado em 18 set 2020, 09h23

Os problemas expostos pela pandemia do coronavírus apontam a necessidade de desenvolver um sistema de saúde mais resiliente para o futuro, capaz de proteger a vida humana e preservar o equilíbrio econômico e financeiro. As organizações possuem papel importante na criação desses esforços e na busca desse equilíbrio.

Para as empresas, os últimos meses ampliaram um desafio que já existe há muito tempo: o do gerenciamento dos custos de saúde de seus funcionários. Equipes de RH do mundo inteiro já começam a rever os custos com saúde, considerando os orçamentos, as despesas e seus resultados financeiros.

De acordo com a pesquisa COVID-19: Impacto nos Negócios e Benefícios, da Willis Towers Watson, realizada entre os dias 26 de maio e 10 de junho de 2020, 60% das empresas brasileiras estimam algum aumento dos custos com programas de saúde em função do coronavírus.

Lidar com a Covid-19 em si é caro, mas alguns fatores em andamento devem ser considerados como possíveis itens adicionais de agravo nos gastos para o próximo ano. A preocupação do momento é o potencial acúmulo de sinistros dos planos em 2021, uma vez que em 2020 muitas empresas já observam redução geral de frequência dos sinistros médicos em função da postergação de procedimentos e atendimentos eletivos pelas operadoras e usuários dos planos.

A previsão é que, para algumas empresas, ocorra uma bolha de utilização no próximo ano porque muitas cirurgias e atendimentos deixaram de ser realizados agora e essas pessoas possivelmente irão buscar a retomada de tratamentos e procedimentos de rotina em um período semelhante de forma concentrada — além disso, há fatores de potencial agravo no custo em determinados casos em função da postergação ocorrida este ano.

Além desse atraso nas despesas, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) determinou, no dia 21 de agosto, a suspensão de reajustes dos planos de saúde entre os meses de setembro a dezembro de 2020. A suspensão refere-se à utilização dos planos, bem como a alterações em programas com cobrança por faixa etária, e é aplicável a depender do tipo de contratação de plano (individual, coletivo por adesão ou coletivo empresarial).

Para empresas com planos coletivos que contam com mais de 30 usuários, a suspensão do reajuste é uma condição opcional. Portanto, há de se considerar o planejamento financeiro para o reajuste ocorrer ainda em 2020 ou 2021. Deve-se somar a isso o fato de que estão ocorrendo investimentos adicionais nos programas, nas ações de saúde e bem-estar e nos serviços de telemedicina.

A pandemia abre oportunidades para as empresas estimularem os funcionários a procurar, gerenciar e receber cuidados de saúde virtualmente. A crescente disposição de clínicos e pacientes em usar tecnologias digitais está mudando o cenário da saúde e deve trazer uma série de benefícios, mas no curto prazo também é mais uma causa para o desequilíbrio dos custos.

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Diante disso, é importante que se discuta com as operadoras de saúde como estão os sinistros e como serão feitas as próximas renovações e a forma de aplicação de reajustes suspensos, quando aplicável. Líderes também precisam ter uma visão clara de quanto os custos médicos hospitalares estão afetando seus negócios especificamente.

As empresas que tomarem mais rapidamente medidas para entender o tamanho do impacto e avaliarem alternativas para sua gestão de saúde estarão mais bem posicionadas para gerenciar os gastos e a saúde dos funcionários nos próximos anos.

* René Ballo é líder da área de consultoria em benefícios da Willis Towers Watson

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