A árvore é antiga conhecida no Norte do país devido a suas propriedades supostamente milagrosas. E não é que por trás das crenças há um bocado de ciência? Em um estudo envolvendo diversas universidades brasileiras, pesquisadores descobriram em testes de laboratório que o extrato do jucá atenua rugas e manchas na pele.
“Seus efeitos foram melhores do que os dos produtos encontrados no mercado”, adianta a farmacêutica Tatiana Pedrosa, da Universidade de São Paulo. O principal componente do jucá é o ácido gálico, que clareia as manchas escuras. Além disso, ele congrega antioxidantes, capazes de minimizar a perda de elasticidade da cútis.
“Ainda faltam investimentos nessa linha de pesquisa, mas esperamos que no futuro alguma empresa se interesse e possamos levar o produto ao mercado”, diz Tatiana. Será o jucá virando creme.
Sabonete de jucá
Na região amazônica, a planta já é utilizada na confecção de sabonetes íntimos por causa da sua ação antisséptica. Só cabe um aviso: o jucá in natura não deve ser empregado direto na pele ou em qualquer mucosa. Faltam estudos sobre a sua segurança nesse sentido.
Ficha técnica
Nome científico: Libidibia ferrea
Nome popular: jucá ou pau-ferro
Origem: Amazônia
Partes usadas: casca, frutos e sementes
Formas de uso: chás, loções e sabonetes