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Ovo não aumenta taxas de colesterol e ajuda a perder peso

Tido como perigoso durante décadas, o ovo foi reabilitado por pesquisadores do mundo todo

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 27 set 2018, 11h06 - Publicado em 10 set 2013, 22h00
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  • Nos últimos anos, o ovo vem sendo objeto de uma reabilitação poucas vezes vista na história da Medicina. Até mesmo os cardiologistas mais radicais, aqueles que demonizaram os ovos como os maiores vilões da saúde do coração, começam a rever suas posições. A virada se deve a uma série de estudos científicos, muitos deles com dezenas de milhares de participantes, que mostram de maneira muito contundente que a sua condenação foi uma espécie de julgamento sumário. Se fosse uma questão criminal, seria um caso clássico de erro jurídico. Analisadas as evidências, veio a público um novo veredicto: o ovo está absolvido. E as provas, diga-se, não são poucas.

    Uma das demonstrações mais recentes é assinada pela Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos. Em artigo publicado em janeiro deste ano, resultado de uma pesquisa envolvendo 9.734 pessoas de 25 a 74 anos acompanhadas durante duas décadas, os pesquisadores demonstraram não haver relação entre o consumo regular de ovos e o aumento da incidência de doenças cardiovasculares, como infarto e derrame. “Não houve diferença entre aqueles que comiam um ovo ou mais por dia em comparação com quem não comia nenhum”, disse à SAÚDE! o cardiologista Adnan Qureshi, líder da investigação. “Em apenas um grupo específico, o dos diabéticos, encontramos dados que mostram que o consumo maior de ovos pode estar ligado ao aumento da ameaça de doenças cardíacas, mas isso nem sequer está totalmente claro”.
    Uma avalanche mais recente de trabalhos, entre os quais destaca-se o da Universidade Estadual de Kansas, nos Estados Unidos, destaca uma substância chamada fosfolipídeo, ou lecitina, como responsável por interferir na absorção do colesterol e impedir que seja captado pelo intestino, a partir de onde, naturalmente, iria para a corrente sangüínea. É como se o ovo, sabendo-se rico nessa molécula, já proporcionasse um antídoto natural para evitar que seus níveis aumentem demais.
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    A lista de qualidades é longa e quase todos os nutrientes estão concentrados na gema, justamente a parte mais temida porque é onde também está a gordura nociva. A gema é fonte de ferro, por exemplo, que é fundamental para evitar a anemia. Também tem altas doses de uma substância chamada colina, que vem sendo apontada pelos pesquisadores como um nutriente importantíssimo para o desenvolvimento fetal, além de proteger o cérebro e a memória. Um ovo supre 22,7% de sua necessidade diária de colina.
    Com os avanços da Medicina, descobriu-se que apenas uma pequena parcela do colesterol sangüíneo provém da dieta a maior parte é produzida pelo próprio organismo. Portanto, elevar a ingestão de colesterol não provoca necessariamente elevação significativa dos níveis da substância. Essas evidências levaram a Associação Americana do Coração a revisar nos últimos anos suas influentes diretrizes dietéticas. O colesterol da alimentação, segundo seus membros, ainda deve ficar restrito aos 300 miligramas diários. Mas o veto ao ovo tornou-se mais ameno o que é um sinal de maturidade científica. Algumas pessoas, como os diabéticos e aqueles que já sofreram infartos, devem obedecer realmente à antiga limitação de três unidades semanais. Aos demais indivíduos a mensagem é clara: o ovo está liberado. Infelizmente, sem possibilidade de indenização para quem sentiu sua falta no prato esses anos todos.

    Quebre um ovo e…

    O que você encontra nele? É o que descobrirá agora
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    Casca: ela é rica em cálcio, mas há uma polêmica sobre o seu uso na dieta para complementar os níveis do mineral. Isso porque pouco se sabe sobre quanto o corpo consegue de fato absorver do mineral oriundo da casca. Então, é melhor não contar com ela para combater a osteoporose. Além disso, teme-se a contaminação, já que a casca seria a parte suja do ovo.
    Gema: é a casa do colesterol, mas também é nela que se encontra a imensa maioria dos nutrientes, como as vitaminas e os sais minerais. Por longo tempo foi excluída da alimentação, mas sem ela os benefícios do ovo são reduzidíssimos.
    Clara: sabe-se que ela é uma grande fonte de proteína. Mas, ao contrário do que se imagina, tem proporcionalmente até menos desse nutriente do que a gema, com seus 16 gramas em cada 100 gramas do alimento. No caso da clara, são 13 gramas.

    Como você prefere seu ovo?

    Frito: é um clássico, mas é o menos indicado porque tem mais calorias, além de maior teor de gorduras totais e colesterol. Se não conseguir resistir, use pouco óleo e coma com moderação.
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    Cozido: é a receita mais saudável, pois não leva gordura e é a menos calórica. Deixe-o no fogo de três a cinco minutos, contados depois que a água começar a ferver. Também é possível cozinhá-lo direto na água fervente, sem a casca, o chamado ovo poché.
    Mexido: foi essa a preparação usada no estudo que mostrou que comer ovos de manhã ajuda a emagrecer. Em frigideira com revestimento antiaderente é possível prepará-los sem (ou quase sem) óleo.
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