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Hérnia de disco: entenda o problema e os novos tratamentos

Quando a hérnia de disco não responde direito a tratamentos simples e a única saída parece ser o bisturi, vale apelar para as novas técnicas cirúrgicas

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 10 abr 2023, 14h30 - Publicado em 2 ago 2011, 22h00

A maior parte das dores nas costas some com o tempo – e com alguma ajuda terapêutica. A exceção costuma ser o sofrimento causado por uma hérnia, mal capaz de impedir as tarefas mais rotineiras.

Ninguém sabe por que o disco que fica entre as vértebras sai do seu canto rumo ao canal da medula ou aos vãos de onde partem as raízes nervosas. Vários fatores, porém, contribuem para a dolorosa mudança de lugar – entre eles, o sedentarismo, a genética, a obesidade e até o envelhecimento, já que, com o tempo, um disco se torna ressecado e menos resistente.

Deslocado, o disco comprime os nervos. Primeiro, os médicos tentam aliviar a dor com remédios e exercícios para a postura. Só que nem sempre isso funciona. Daí, até há pouco tempo, a saída era recorrer a cirurgias convencionais. “Isso significava uma operação aberta, isto é, com um grande corte e uma recuperação lenta e bem dolorosa”, explica o cirurgião ortopédico alemão Stefan Hellinger, que atende em Munique, na Alemanha, onde é considerado um expert em técnicas minimamente invasivas. “As novas cirurgias são cada vez mais procuradas porque os pacientes têm medo das técnicas antigas, capazes de afastá-los de suas funções por um bom tempo”, nota Wilson Dractu, coordenador do Hospital Abreu Sodré, em São Paulo, que pertence à Associação de Assistência à Criança Deficiente, a AACD, e é referência no Brasil nesse tipo de intervenção menos agressiva.

Outra grande vantagem das técnicas recentes é que elas interferem apenas na estrutura afetada, preservando toda a região no entorno. “Existem pacientes em que a simples redução do volume do disco já resolve, porque aí ele pára de pressionar os nervos. Neles, a nucleoplastia com radiofreqüência, que acaba com o recheio gelatinoso da estrutura, pode funcionar muito bem”, exemplifica o médico Stefan Hellinger. Para outros, basta fazer uma pequena parte do anel se contrair, justamente aquela que está sufocando um nervo.

Em todos esses procedimentos, porém, os instrumentos usados são finíssimos. O cirurgião faz pequenos furos nas costas do paciente em vez de cortes. Isso, por si só, já diminui o risco de infecções e torna o pós-operatório mais tranqüilo. “As cirurgias modernas estão diminuindo o impacto negativo da hérnia de disco na vida das pessoas, já que o problema é resolvido com maior facilidade”, opina o médico Carlos Maçaneira, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Coluna.

Só para quem precisa

Não pense, porém, que toda a legião de pessoas que padecem por causa de uma hérnia de disco deve ser operada, só porque tudo ficou mais fácil. “Qualquer cirurgia deve ser o último recurso de tratamento para o problema”, ressalva Merril W. Reuter, membro do comitê americano de cirurgias para a coluna minimamente invasivas.

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Segundo Pil Sun Choi, que preside um comitê semelhante na Sociedade Brasileira de Coluna, apenas 5% dos doentes são candidatos a operar. “O modo como tratamos a hérnia grave continua o mesmo: primeiro entramos com medicamentos. Se não houver resposta entre três e quatro semanas, aí, sim, indicamos a intervenção”.

Sérgio Zylberszteyn, coordenador do grupo de coluna do Complexo Hospitalar da Santa Casa de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, avisa que, ainda por cima, essas cirurgias podem não ser uma solução definitiva. “Em geral, a hérnia está sempre acompanhada de outros problemas, como o reumatismo. E eles interferem na qualidade do disco, favorecendo a recaída”.

Se ela acontece, porém, o paciente que já passou por uma cirurgia minimamente invasiva pode ser submetido a uma operação convencional. “A recíproca, no entanto, não é verdadeira”, alerta Stefan Hellinger. Esse é mais um motivo para priorizar as técnicas mais modernas quando o único jeito é operar.

Tratar sem operação

Estes métodos não só aliviam a dor nos momentos de crise como muitas vezes até evitam a cirurgia

Fisioterapia: auxilia no relaxamento da musculatura e ensina o paciente a adotar as posturas mais adequadas para as atividades do dia-a-dia.

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Anti-inflamatórios: na fase crítica do problema, as articulações, os nervos, os músculos e os ligamentos tornam-se exageradamente inflamados e contraídos, o que resulta em mais e mais dor. Os medicamentos aliviam esse quadro.

Rpg e Rolfing: são dois tratamentos capazes de realinhar a coluna, ajudando a restabelecer a capacidade de movimento das vértebras.

Acupuntura: diversos estudos atestam que as agulhas funcionam como analgésico, mas só até certo ponto. Se a dor não cessa nunca, o melhor é procurar um especialista em hérnia.

Exercícios: a atividade física evita problemas futuros na coluna e impede o avanço de uma hérnia em fase inicial. Aliás, fortalecer os músculos do abdômen diminui a sobrecarga nos discos.

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