Não existem levantamentos sérios que comprovem essa tendência. Uma das justificativas para essa aparente prevalência maior na ala feminina pode estar no fato de as mulheres terem uma percepção mais aguçada para os recados do corpo. Por essa razão, estariam mais atentas às cólicas e indisposições digestivas, buscando ajuda médica a fim de desvendar o problema e, portanto, chegando com mais frequência ao diagnóstico de intolerância.
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Outra razão — esta, sim, um achado de pesquisas — é que, a partir dos 40 anos de idade, elas estão mais sujeitas do que os homens ao aparecimento da síndrome do intestino irritável, aquele aborrecimento que provoca prisão de ventre, gases, distensão abdominal e dores de barriga. Essa chateação pode dar as caras inclusive entre as mulheres que não perdem muito do seu estoque de lactase. Assim, diante de sintomas tão inespecíficos, o jeito é procurar um gastroenterologista para um parecer antes de acusar a lactose de ser a causadora dos padecimentos — e de abrir mão sem necessidade da presença do leite na dieta.