Um único cigarro já é capaz de prejudicar o coração.
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Entre as descobertas da pesquisa Sinta Seu Coração há uma ótima notícia: 75% das mulheres nunca fumaram. Entretanto, o estudo, realizado pelas revistas SAÚDE e CLAUDIA em parceria com a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) e apoio da Nestlé, também revela que o início do hábito entre as fumantes é precoce, já que a média de idade é de 18 anos.
Embora o tabagismo pareça estar em declínio no Brasil, graças a um grande número de campanhas, infelizmente os jovens ainda têm fácil acesso ao cigarro, lamenta o cardiologista Carlos Costa Magalhães, da Socesp.
Como o cigarro afeta o coração
Não bastasse os estragos aos pulmões e a estreita relação com o aparecimento de câncer, o tabagismo também figura entre os vilões quando o assunto é a saúde cardiovascular. O cigarro é um dos maiores agressores do endotélio, aquela parede de células que recobre os vasos sanguíneos, revela Magalhães. Essa ação interfere com a produção de uma substância protetora conhecida como óxido nítrico e faz como que as artérias fiquem mais vulneráveis ao acúmulo de gordura. Há também uma interferência no mecanismo de contração e relaxamento, o que resulta numa maior dificuldade para o sangue circular.
Pensa que acabou? Ainda não. O fumo faz acelerar um processo conhecido como oxidação do colesterol e favorece a formação da placa de aterosclerose, que é estopim para o infarto. Sem contar o perigo que é a soma do tabaco com o uso da pílula anticoncepcional. Não é exagero dizer que essa associação é uma espécie de bomba relógio, diz Magalhães. É que ocorre uma propensão ao acidente vascular cerebral, o derrame.
Nenhuma quantidade é segura
O cardiologista faz questão de enfatizar que um único cigarro já está por trás desses malefícios, ou seja, não importa a quantidade. É importante lembrar ainda que o fumante passivo também está exposto ao perigo, ressalta. Há trabalhos mostrando que respirar a fumaça alheia aumenta em duas vezes o risco para o câncer e para as doenças cardiovasculares.
Veja alguns dados da pesquisa:
Você fuma?
Com que idade começou a fumar?
Se é ex-fumante, durante quanto tempo você foi adepta do cigarro?
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