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África tem a primeira semana sem novos casos de ebola

Nos últimos dias as nações atingidas pelo surto do vírus não notificaram novas infecções

Por André Biernath
Atualizado em 21 Maio 2018, 16h55 - Publicado em 8 out 2015, 13h29

A Organização Mundial da Saúde anunciou que Libéria, Guiné e Serra Leoa, países africanos mais impactados pelo surto de ebola, não declararam novos casos da doença na última semana. É a primeira vez que isso acontece desde o início do surto, em março de 2014. Mais de 11 mil pessoas morreram nesse período por conta da epidemia.

De acordo com a entidade, os números de indivíduos infectados pelo ebola vêm caindo nos últimos meses. Mas, antes de declarar que o problema está sob controle, é preciso esperar mais tempo — ainda há o risco de as transmissões voltarem a aumentar. As autoridades de Serra Leoa informam que o último paciente foi liberado no dia 28 de setembro. Guiné está desde o dia 27 sem novas contaminações e, na Libéria, a situação está estável desde 3 de setembro. Se esses países permanecerem 42 dias sem novos casos, já podem ser considerados livres da doença.

Como o ebola ataca nosso organismo?

– O hospedeiro primário do ebola é um tipo de morcego frutívoro. O homem se infecta ao comer a carne desse animal ou ao ter contato com bichos que interagem com ele, como macacos, antílopes e porcos-espinho. A partir daí, a transmissão acontece de pessoa para pessoa.

– Lesões minúsculas na pele são a principal porta de entrada do vírus. Uma vez na circulação, ele é englobado por um tipo de célula de defesa batizado de macrófago — mas a tática de contenção não funciona. Escondido no macrófago, o ebola viaja até os gânglios linfáticos, localizados no pescoço, nas axilas e na virilha.

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– O ebola pode permanecer 21 dias se multiplicando nos gânglios — na média, fica cinco ou seis dias ali. Depois, rompe a parede dos macrófagos e espalha-se da cabeça aos pés, matando várias células. No fígado, por exemplo, isso impede a produção de fatores de coagulação do sangue e até leva à falência do órgão.

– Em resposta, o corpo fabrica um monte de citocinas, substâncias que servem como sinal de alerta. Mas o excesso de citocinas gera um encolhimento de células das veias e das artérias, o que abre buracos por onde o sangue vasa. Surge, então, uma hemorragia generalizada.

– Ainda não há nenhum remédio que elimine o ebola. Por enquanto, o jeito é manter o doente hidratado e monitorar a pressão, os níveis de oxigênio e a febre. Os cientistas correm contra o tempo para lançar soluções efetivas — as esperanças recaem em uma vacina, na droga ZMapp e no uso de anticorpos de infectados que conseguiram se curar por conta própria. Os primeiros resultados são bastante otimistas.

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