Hoje em dia, o tratamento da hepatite B, doença causada pelo vírus HBV e que ataca o fígado, é feito apenas com objetivo de aliviar os sintomas — náuseas, vômitos, dores abdominais, urina escura, fezes claras — e diminuir o risco de complicações. Ou seja, medicamentos voltados para a cura efetiva ainda não estão disponíveis.
Mas essa realidade está prestes a se modificar. Entre as diversas novidades que serão apresentadas no 23º Congresso Brasileiro de Hepatologia, que será realizado de 30 de setembro a 3 de outubro em São Paulo (SP), o destaque vai justamente para essa possibilidade de curar a infecção, que acomete 0,5% da população brasileira.
Heiner Wedemeyer, especialista em aspectos clínicos de hepatites virais e líder do grupo de pesquisa do Departamento de Gastroenterologia, Hepatologia e Endocrinologia da Hannover Medical School, na Alemanha, vem ao congresso especialmente para contar mais sobre esses avanços.
Para o presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH), Edison Parise, a análise da eficácia desses remédios tem grande chance de trazer uma resolução aos portadores. “As pesquisas evoluem rapidamente e já acontece, por exemplo, a experimentação em humanos. Há uma porcentagem deles que foram curados”, comemora o hepatologista.