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3 frases de Drauzio Varella pra pensarmos sobre nossa saúde

O médico mais conhecido do Brasil toca em pontos tão polêmicos quanto importantes para a saúde brasileira

Por Theo Ruprecht
Atualizado em 27 out 2016, 20h35 - Publicado em 26 fev 2016, 16h21
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  • Na cerimônia de inauguração do Centro de Hemato-Oncologia do Hospital 9 de Julho, em São Paulo, o médico Drauzio Varella — referência brasileira de atendimento humanitário —deu uma palestra de quase uma hora. Empolgado, ele discorreu sobre pontos importantíssimos para a saúde pública e de cada um de nós. Dessa aula, pinçamos três falas fortes que dizem muito sobre o cenário atual do Brasil. 

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    “A saúde como direito de todos e dever do Estado é uma demagogia e ainda tira a responsabilidade dos cidadãos sobre o próprio bem-estar: se Estado é quem cuida, não sou eu”

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    A frase é polêmica (de propósito). Por um lado, ele quer dizer que o governo brasileiro não vai conseguir arcar com os custos de tratamentos para toda a população. Nem o Brasil, nem outro país enorme como ele. Será necessário um diálogo rápido com hospitais, farmacêuticas, médicos, seguradoras e a sociedade como um todo para reorganizar o atendimento à saúde. 
    Por outro, reforça que muita gente não valoriza realmente a própria saúde — às vezes por pensar que o simples fato de ir ao hospital quando fica doente é se cuidar. Melhor do que controlar um problema é evitar que ele apareça, fazendo exercício, comendo bem, dormindo o suficiente…

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    “Toda vez que o médico pede um exame ou o paciente o pressiona pra isso, há um gasto que, no fim das contas, vai pesar no bolso da sociedade inteira”

    Aqui, Drauzio critica a tendência atual de se pedir exames e mais exames para pessoas absolutamente saudáveis e que não precisariam se submeter a isso. Quem tem seguro pode pensar: mas por que não fazer, já que tenho cobertura para isso? Ora, o dinheiro torrado com esses e outros procedimentos são, no fim das contas, repassados para futuras mensalidades ou renovações de contrato. Lembre-se: os melhores médicos são aqueles que, em vez de solicitar um monte de testes laboratoriais ou de imagem, avaliam com calma o paciente no consultório.

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    “Uma universitária brasileira tem, em média, 1,1 filho. Já uma com menos de quatro anos de estudo tem 4,4”

    Além de escancarar as diferenças socioeconômicas brasileiras, o médico mostra como a desinformação e, acima de tudo, a falta de acesso a métodos anticoncepcionais entre a população mais pobre. Em seus atendimentos em uma penitenciária feminina, Drauzio diz só encontrar mulheres com 25 anos ou mais sem filhos se elas são inférteis ou gays. Segundo ele, facilitar os tratamentos anticoncepcionais a população carente (e não só dar camisinha de vez em quando) é uma das medidas mais importantes para tornarmos nosso país mais saudável e igualitário.

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