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Suplemento de antioxidante não melhora a fertilidade masculina, diz estudo

Tomar cápsulas contendo selênio, zinco, vitaminas C e E e outros micronutrientes não interfere na qualidade do sêmen dos homens

Por Chloé Pinheiro
10 mar 2020, 17h46

Alguns estudos anteriores apontavam que uma dieta rica em vitaminas, minerais e outros compostos com poder antioxidante teria capacidade de melhorar a qualidade do sêmen, facilitando, assim, uma gravidez. E é muito fácil encontrar várias dessas substâncias concentradas em suplementos vendidos na farmácia. Um novo estudo indica, porém, que as cápsulas parecem não fazer diferença na fertilidade masculina.

O trabalho avaliou um suplemento feito de vitaminas C, E e D, selênio, l-cartinina, zinco, ácido fólico e licopeno. Durante um período que variou entre três e seis meses, 171 casais foram divididos em dois grupos: metade ingeria esse produto com antioxidantes enquanto a outra parte ficava com o placebo (ou seja, uma cápsula sem as substâncias).

Nem os voluntários nem os médicos sabiam quem estava tomando o quê. Os homens de todos os casais apresentavam algum problema de saúde reprodutiva, como baixa concentração ou motilidade reduzida dos espermatozoides no sêmen. As mulheres tinham menos de 40 anos e condições favoráveis à gestação.

O suplemento decepcionou

Munidos de suas cápsulas, os casais foram orientados a tentar engravidar naturalmente durante os primeiros três meses e, caso não conseguissem, realizariam uma inseminação intrauterina. A técnica insere o sêmen diretamente no útero da mulher para facilitar a concepção.

Ao avaliar amostras do sêmen dos voluntários e as gestações depois desse período de tentativas, os pesquisadores não encontraram diferenças relevantes na concentração, motilidade, qualidade do DNA ou morfologia dos espermatozoides de homens que tomaram o suplemento – todos parâmetros ligados à qualidade do esperma.

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As taxas de nascimento foram inclusive levemente maiores no grupo que ficou com o placebo – 24% contra 15%. Mas os autores ressaltam que, como a suplementação não parecia trazer benefício, não conseguiram um número suficiente de voluntários dispostos a ingerir as cápsulas por, no mínimo, três meses.

Seria preciso um número maior de participantes para bater o martelo sobre a influência dos antioxidantes nos índices de gestação e nascidos vivos. Por outro lado, seguir uma dieta equilibrada, com frutas, legumes e verduras – fontes naturais dessas substâncias –, é uma dica validada pela ciência para casais que desejam engravidar.

O trabalho foi conduzido pelos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (país onde suplementos são superpopulares) e publicado no periódico Fertility and Sterility, da Associação Americana de Medicina Reprodutiva.

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