O diferencial dos peixes está mesmo no tipo de gordura que carregam. Se for comparar com carne de boi, porco ou frango, não tem pra ninguém: os pescados sobressaem porque são ricos em ômega-3. Não bastasse ser um elemento protetor das artérias, esse nutriente ajuda a evitar as condições propícias ao aparecimento de tumores.
Tanto é assim que os peixes aparecem nas diretrizes de dieta da Sociedade Americana de Câncer, que estimula a sua ingestão corriqueira. Os préstimos do ômega-3 frente à doença já foram evidenciados em trabalhos focados no câncer de intestino, por exemplo. Recentemente, em estudos realizados na Ásia, o consumo de peixes aparece também associado à promessa de afastar o perigo das mamas.Leia também:
Está entendendo por que sardinha, atum e companhia são sempre citados nos mais respeitados programas alimentares? Pelas recomendações atuais, o ideal seria comer pescados pelo menos três vezes por semana. E basta uma visita à peixaria para perceber que as opções são vastas. Dá para testar também diferentes formas de preparo. Só é preciso frisar que fritar nunca é a melhor opção. O jeito mais fácil e mais saudável é preparar pescados ao molho ou suavemente grelhados. Salmão, atum e tilápia, como são espécies mais firmes, são bons candidatos à grelha. Para assar inteiro no forno a gás ou elétrico, experimente juntar vegetais na fôrma – fica tudo mais úmido e saboroso. E, nos ensopados, você aproveita tudo do peixe. Seja qual for a versão, para temperar as postas ou os filés não tem complicação: sal, alho e uma ou outra erva. Pode ser alecrim, sálvia, manjericão ou tomilho. E, ao finalizar o prato, gotas de limão dão um toque especial.
E quais seriam os melhores peixes?
O poderoso ômega-3 vem mesmo do alto-mar. Aparece em abundância na sardinha, no atum, no salmão e na cavalinha. O curioso é que esses peixes, embora tão oleosos, ajudam a manter o peso em dia. Mais uma explicação, aliás, para eles servirem de escolta contra o câncer de mama. Entenda: quando a mulher engorda, passa a produzir mais hormônios, e essa sobrecarga hormonal aumenta a ameaça do aparecimento dos tumores malignos.
Outro detalhe a comemorar: a sardinha em lata é campeã em ômega-3. Prático, não? Isso acontece porque o peixe vai para a embalagem com boa parte das vísceras, bem onde se concentra a gordura do bem. Cada latinha guarda cerca de 1 grama do nutriente – a de atum tem ao redor de 0,6. Um enlatado para abrir sem culpa!