É só falar em perda de peso que já vem à cabeça cortar alguma comida ou ingrediente da rotina.
Mas essa não é a única razão que faz alguém tirar um ou alguns itens do cardápio, como mostra um levantamento nacional com mais de 1 200 respondentes. De acordo com o trabalho, busca por saúde, bom humor, preocupações éticas ou relacionadas a quão natural é o produto também estão por trás de restrições à mesa.
Pelo menos no que se refere ao primeiro quesito, cabe ponderar a decisão. “Muita gente acha que perder peso e comer menos promove saúde, mas isso nem sempre acontece”, diz Wanderson Roberto da Silva, pesquisador da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e coautor do artigo.
O estudo inclusive foi além: ao analisar os fatores que levam ao descontrole alimentar, a equipe notou que a conveniência, o preço e o apelo sensorial são as maiores justificativas.
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As ciladas de cortar
Estratégia feita sem acompanhamento pode levar a vários malefícios
Desenvolver relação ruim com a comida
A pessoa começa a dividir os alimentos em mocinhos e vilões e acha que coisas isoladas vão piorar ou salvar o regime. Pura ilusão!
Causar déficits nutricionais
Restringir o consumo de muitos alimentos por conta própria pode gerar uma dieta pobre em nutrientes, o que é prejudicial à saúde.
Dificultar a manutenção do peso
Ninguém consegue ficar sob um grande défict calórico por muito tempo. Quando se retorna ao antigo patamar, vem o efeito sanfona.
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Nem toda restrição gera compulsão
Reduzir o volume alimentar pode ser uma estratégia para perda de gordura corporal quando feita sob supervisão de um nutricionista, não por conta própria.
Sem orientação, as pessoas acabam podando muitos alimentos (e nutrientes), desfalcando o organismo. É preciso calibrar com a ajuda do profissional a carga calórica e o estado físico e emocional durante a dieta.