Assine VEJA SAÚDE por R$2,00/semana
Continua após publicidade

OMS divulga manual global para estimular taxação de bebidas açucaradas

Objetivo é reduzir consumo de itens como refrigerantes e prevenir as doenças associadas; Brasil tem projeto de lei em tramitação

Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein*
8 fev 2023, 14h38

A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou o primeiro manual global com informações e orientações aos governos sobre como implementar a cobrança de impostos sobre bebidas açucaradas. Atualmente, pelo menos 85 países usam alguma medida desse tipo para reduzir o consumo de itens como refrigerantes, bebidas lácteas com sabor, energéticos, sucos de fruta industrializados, entre outros.

“O consumo excessivo dessas bebidas leva a maior risco de diabetes tipo 2 e obesidade e suas complicações, entre elas doenças cardiovasculares, renais, oculares, entre outras”, diz o médico Levimar Araújo, presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes. “A taxação poderia ajudar a reduzir o consumo excessivo de açúcar.”

+ Leia também: O esforço nacional pela redução no consumo de açúcar

O objetivo da OMS é estimular países na implementação de medidas similares às tomadas para as taxações de tabaco e de álcool, que têm se mostrado eficazes para prevenir a mortalidade precoce e as doenças não transmissíveis.

Continua após a publicidade

No Brasil, há um projeto de lei em tramitação no Senado, de autoria do senador Rogério Carvalho (PT/SE), que institui a alíquota de 20% sobre refrigerantes e bebidas açucaradas. Ele foi aprovado na Comissão de Assuntos Sociais em maio de 2022 e agora está na Comissão de Assuntos Econômicos.

Aumento de imposto x redução do consumo

Um estudo da Universidade de Cambridge recém-publicado na revista Plos Medicine analisou a trajetória da obesidade após a implementação da taxação no Reino Unido, em 2018, e constatou uma associação da medida com uma queda de 8% na obesidade em meninas de 10 e 11 anos. Segundo os autores, isso evitou mais de 5 mil casos ao ano de excesso de peso nessa faixa etária.

Compartilhe essa matéria via:

Embora ainda haja poucos estudos sobre o tema, esses dados reforçam a estimativa da OMS que avalia que o incremento de 10% no preço desses produtos resultaria em uma redução entre 8% e 13% no consumo. No México, por exemplo, um ano após a introdução do novo imposto, em 2014, houve redução de 12% no volume de compras.

Esse texto foi publicado originalmente na Agência Einstein.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.