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Kombucha faz mesmo bem à saúde?

Bebida fermentada cresce em popularidade, mas ação no organismo precisa ser mais investigada pela ciência

Por Maurício Brum
25 jul 2024, 16h18
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    Com propriedades probióticas, kombucha faz sucesso e tem história milenar, mas ciência ainda não atestou supostos benefícios (Freepik/Freepik)

    A tradição diz que a kombucha já era uma bebida popular na China durante a dinastia Qin, no ano 200 a.C., devido a suas supostas propriedades curativas. Hoje, o chá fermentado aparece nas prateleiras como uma opção de bebida funcional, com ação probiótica e antioxidante.

    Atraídos pelo sabor ou pelos benefícios à saúde, muitos consumidores já incluíram o chá adoçado fermentado na dieta. A bebida pode ser comprada em supermercados ou feita em casa, e é produzida a partir da adição de uma cultura simbiótica de bactérias e leveduras – conhecida como Scoby – a um chá verde, preto ou oolong.

    O resultado é uma bebida ácida, naturalmente gaseificada e adoçada. Outros tipos de ervas, frutas e especiarias podem ser adicionadas em diferentes etapas do processo de fermentação para dar sabor à receita.

    +Leia também: Afinal, para que servem os probióticos?

    Embora seja uma opção de bebida não processada, ou seja, mais natural, as vantagens de seu consumo à saúde ainda precisam ser confirmadas pela ciência.

    Possíveis benefícios ainda são alvo de estudos

    A presença do chá preto ou verde na mistura garante alguns benefícios próprios das próprias folhas. O chá verde contém polifenóis, compostos antioxidantes que ajudam a reduzir o estresse oxidativo – ou seja, o envelhecimento das células.

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    Alguns estudos já sugerem que consumir kombucha ajuda a diminuir o estresse oxidativo e a inflamação. Espera-se, ainda, que os micro-organismos presentes naturalmente na mistura, responsáveis pelo processo de fermentação, teriam papel no equilíbrio da microbiota intestinal.

    Eles colonizariam a região com boas bactérias, trazendo efeitos para o controle do colesterol e na eliminação de toxinas.

    No entanto, as pesquisas sobre o assunto ainda são preliminares, feitas em células isoladas ou animais. Então estudos mais robustos ainda são necessárias para bater o martelo sobre os benefícios da bebida.

    Uma pesquisa de 2024 descobriu que a kombucha poderia causar efeitos similares ao jejum no organismo, ajudando na queima de gorduras – mas toda essa mudança metabólica ocorreu apenas em vermes utilizados para a pesquisa. Ou seja, não é possível, por enquanto, estabelecer que esses benefícios se estendam aos seres humanos.

    Cuidado: a kombucha não é para todo mundo

    Além de não ser filtrada nem pasteurizada, a kombucha é uma bebida produzida com uma mistura de bactérias e fungos. Por isso, pessoas imunocomprometidas não podem consumir a kombucha, sob risco de desenvolver infecções.

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    Como a fermentação geralmente é feita de forma caseira, as condições sanitárias da bebida não podem ser atestadas, e casos de alergias, infecções e intoxicação alimentar podem acontecer.

    Grávidas e lactantes também devem evitar a kombucha. Além do perigo de contaminação, a bebida contém cafeína e pode conter traços de álcool, não recomendados durante a gestação ou amamentação.

    Consumida em grandes quantidades, a kombucha pode causar diarreia, danos ao fígado e até acidose – quando um desequilíbrio nos níveis de ácido no sangue ocorre. A condição pode levar a convulsões.

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