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Dia do Chocolate: consumo moderado é associado a benefícios para a saúde

Com consciência e parcimônia, o doce pode fazer parte de uma dieta equilibrada — e sem culpa

Por Lucas Rocha Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
7 jul 2025, 12h00
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Chocolate é alvo de diversos estudos sobre impactos para a saúde (Foto: Ekaterina Budinovskaya/Getty Images; Ilustrações: Letícia Raposo/Estúdio Coral/Veja Saúde)
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Um dos alimentos mais apreciados mundo afora, o chocolate tem um dia para chamar de seu. Os brasileiros são grandes entusiastas, consumindo, em média, 3,9 kg da iguaria por ano, segundo dados recentes da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab).

Presente nas mais diversas formas, estados físicos e combinações, o doce derivado do cacau é alvo de controvérsias quando o assunto é a saúde. Afinal, ele é um vilão ou aliado?

No Dia do Chocolate, celebrado nesta segunda-feira, 7, vamos destacar os diversos benefícios da sobremesa para a saúde.

+ Leia também: Precisamos de um chocolate com colágeno? 

O chocolate, principalmente o tipo amargo, tem sido associado a benesses para o cérebro e para o humor. A alta concentração de cacau é positiva para o sistema nervoso, como explica a neurologista Ana Carolina Gomes, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

“O cacau é rico em flavonoides, compostos antioxidantes com potencial neuroprotetor. Estudos sugerem que essas substâncias podem melhorar o fluxo sanguíneo cerebral, a memória e até mesmo a cognição em longo prazo”, pontua.

O coração também pode entrar para a lista dos agraciados. Pesquisadores investigaram a relação entre o consumo de chocolate amargo e doenças cardiovasculares.

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Os resultados do estudo, publicados no periódico científico Nature Scientific Reports, mostram uma redução de cerca de 27% no risco de hipertensão entre as pessoas com maior tendência a degustar chocolates com alto teor de cacau.

Os autores sugerem que o efeito pode ser explicado pela dilatação dos vasos sanguíneos, estimulada pelos flavonoides contidos no cacau, melhorando o fluxo do sangue e a saúde vascular.

E tem mais: o doce saboroso ainda contém triptofano, um aminoácido precursor da serotonina, neurotransmissor associado à sensação de prazer e bem-estar.

“Essa propriedade ajuda a justificar por que o alimento é tão procurado em momentos de estresse emocional. Mas é preciso ter cuidado: o efeito existe, mas é sutil e não deve ser encarado como uma ‘terapia alimentar’”, pondera a especialista.

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Chocolates são uma sensação entre os brasileiros! (Foto: Tomás Arthuzzi/SAÚDE é Vital)

Palavra-chave:  moderação

Com tantas vantagens, será que podemos comer chocolate até cansar? A resposta é não.

Os benefícios relacionados às substâncias encontradas na iguaria estão condicionadas à qualidade do produto e à moderação no consumo.

“A recomendação é optar por chocolates com pelo menos 70% de cacau, pois têm menos gordura adicionada e maior concentração dos compostos benéficos”, afirma a nutricionista Fernanda Maluhy, da Unidade Campo Belo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

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Em relação à quantidade, Maluhy orienta que o ideal é consumir de 20 a 25 gramas por dia, o equivalente (atenção!) a dois ou três quadradinhos.

A nutricionista pontua que há espaço para o chocolate no contexto de uma rotina alimentar equilibrada, que inclui consumir frutas, verduras, legumes, grãos e cereais e, sempre que possível, evitar os ultraprocessados. Nesse contexto, não há motivo para culpa.

“A alimentação saudável não precisa excluir os prazeres. Um bom chocolate amargo pode ser incluído como sobremesa, lanche intermediário ou até como ingrediente de receitas mais elaboradas. O importante é evitar os industrializados com recheios, muito açúcar ou gordura hidrogenada”, reforça.

Além dos flavonoides, o cacau também é fonte de magnésio, ferro e polifenóis com efeito anti-inflamatório, o que ajuda a explicar seu impacto positivo não apenas no cérebro, mas também no sistema cardiovascular.

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“Se consumido com consciência, o chocolate pode ser uma forma saborosa de cuidar da saúde”, conclui Fernanda.

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