Uma revisão de 48 estudos observacionais e outras análises publicada no jornal BMJ Evidence-Based Medicine traz um alerta para as grávidas: a maioria das evidências indica que a ingestão de cafeína (principal componente do café) eleva o risco de problemas nessa fase, como aborto espontâneo, morte do feto, baixo peso ao nascer ou tamanho pequeno para a idade gestacional.
Para os autores da investigação, o correto seria evitar a substância na gestação. A nutricionista Marisa Coutinho, do Hospital e Maternidade Santa Joana, em São Paulo, conta que os possíveis efeitos têm a ver com o poder estimulante da cafeína.
Mas, segundo ela, o segredo é não passar de 100 miligramas e não ingerir todo dia. “As pessoas costumam focar muito no café, mas devemos lembrar que outros produtos levam a substância”, frisa. Sem falar que a concentração também varia dentro de um mesmo alimento.
Onde está a cafeína
Embora o café seja o reduto mais famoso da substância, está longe de ser o único. Por isso, grávidas não precisam considerar todos os alimentos com cafeína ingeridos na rotina. Veja abaixo.
+ Refrigerante de cola (300 mililitros)
35 mg de cafeína
Vale frisar que a bebida de guaraná não é isenta: tem uns 4 mg de cafeína
+ Chás verde e preto (200 mililitros)
30-60 mg de cafeína
O mate também possui cafeína — de 20 a 30 mg
+ Chocolate ao leite (40 gramas)
10 mg de cafeína
Atenção: quanto maior o teor de cacau, mais cafeína
+ Energéticos (250 mililitros)
80 mg de cafeína
Algumas dessas bebidas concentram um teor até maior da substância
+ Café filtrado (200 mililitros)
80 mg de cafeína
Já uma xícara de expresso (30 ml) leva cerca de 75 mg do composto