A introdução alimentar é um super desafio – para pais e crianças. Afinal, os pequenos precisam aprender a gostar de comer, provar texturas, sabores, combinações, e tudo isso, claro, nutrindo as necessidades de ser humano em crescimento da melhor maneira possível.
Para auxiliar nessa tarefa, o Departamento de Nutrologia Pediátrica da ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia) acaba de lançar o Manual de Alimentação da Criança – de Zero a Cinco Anos.
“Esse documento é um compilado dos posicionamentos das principais instituições sobre o assunto. Colocamos as indicações da Sociedade Brasileira de Pediatria e da Organização Mundial da Saúde [OMS] e complementamos com algumas particularidades em relação à suplementação de cada faixa etária”, explica a médica Karla Vilanova, membro da Abran e uma das autoras do manual.
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A nutróloga exemplifica que o documento aborda temas polêmicos, como a introdução do leite de vaca. O tema foi recentemente alvo de discussão, pois a OMS afirmou que essa bebida poderia ser dada a partir dos 6 meses de idade, faixa um pouco mais precoce do que antes.
“No manual, deixamos clara a importância de particularizar a situação para cada paciente. Se eu tenho uma criança, por exemplo, com uma certa dificuldade alimentar, e que a família tem uma condição financeira melhor, uma boa opção é introduzir fórmulas de primeira infância antes, porque são mais rica em micronutrientes essenciais”, diz Karla. “Mas, se a opção mais viável for o leite de vaca, tudo bem”, complementa. Nessa segunda situações, orientações alimentares adicionais ajudariam a manter uma alimentação rica em nutrientes.
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O documento da Abran também quebra suas orientações em cinco partes:
- Primeiro semestre de vida
- Segundo semestre de vida
- Segundo ano de vida
- Alimentação não láctea
- Terceiro ao quinto ano de vida
A nutróloga também comenta que, até os 2 anos de idade, é comum se preocupar com a alimentação e o desenvolvimento da crianças. Mas também é preciso atenção na idade pré-escolar, até os 5 anos, período que pode ser marcado por dificuldade para comer e mais birras vindo dos pequenos.
“Nessa fase de transição, a criança pode começar a apresentar dificuldades alimentares pela redução da velocidade de crescimento. É aí que ela vai realmente necessitar de uma vigilância, e muitas mães acabam ofertando qualquer coisa para o filho comer, mas não poderia ser assim”, comenta a médica.
Você pode baixar gratuitamente o documento acessando o site da Abran ou clicando neste link.