Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Novo suplemento de ácido fólico para grávidas chega ao país. Vale a pena?

Uma versão de ácido fólico dita mais ativa está disponível no Brasil. Checamos se ela é mais eficaz na proteção ao bebê

Por Thaís Manarini
Atualizado em 9 out 2019, 18h48 - Publicado em 10 jan 2019, 10h10
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Quando uma gravidez se confirma, uma das primeiras medidas indicadas para a mulher é a suplementação de ácido fólico. Esse elemento é primordial para o bebê.

    Mas, de acordo com o ginecologista Nilson Roberto de Melo, professor da Universidade de São Paulo (USP), há um porém: “O ácido fólico precisa passar por três modificações até virar metilfolato, a substância realmente ativa”, diz. “Ocorre que a última transformação não é eficiente em cerca de 50% da população brasileira”, comenta. É que essa parcela, explica o médico, possui uma alteração genética que atrapalha a produção correta da enzima responsável por realizar a conversão de uma substância em outra.

    De olho nisso, a farmacêutica Abbott trouxe para o nosso país suplementos que já ofertam o tal metilfolato. A desvantagem é que, hoje, eles saem mais caro. Porém, a expectativa é que o aumento da prescrição ajude a baixar o valor.

    Polêmica à vista

    Para o médico Antônio Cabral, professor titular de Obstetrícia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), não há motivo algum para trocar o velho e bom ácido fólico. Ele explica que é incorreto dizer que aquela parcela com alteração genética não consegue usufruir dos efeitos da substância porque ela não é convertida em metilfolato. “A transformação acontece, mas em velocidade reduzida”, ensina. “Tanto é que o ácido fólico permanece recomendado pelas sociedades científicas do mundo inteiro”, acrescenta Cabral.

    Segundo ele, é provável que, em doses certas, o metilfolato seja tão eficiente quando o ácido fólico. Mas, considerando que não há estudos conclusivos sobre isso e o ácido fólico é distribuído gratuitamente em postos de saúde (sem falar que cumpre seu papel muito bem), não faria sentido investir na novidade.

    Continua após a publicidade

    A hora certa para tomar

    O correto é apostar na suplementação de ácido fólico três meses antes de engravidar. Assim, dá para proteger a formação do feto, evitando que ele desenvolva, por exemplo, defeito no tubo neural e septo cardíaco. Só que nem sempre é possível seguir essa regrinha — afinal, metade das gestações não acontece de forma planejada.

    Sorte que a farinha de trigo é fortificada no Brasil. “Então, se a mulher come macarrão e pão feitos com esse ingrediente, está ingerindo ácido fólico”, avisa Cabral. A preocupação maior mesmo é com aquelas que resolvem seguir dietas sem glúten e riscam esses itens do cardápio. São as mais dependentes da suplementação na pré-concepção.

    E mesmo que a mulher não tenha ingerido a substância antes de engravidar, a recomendação é recorrer às cápsulas até o fim do primeiro trimestre. Isso porque a substância ajuda em outras questões, como reduzir o risco de autismo e doenças hipertensivas na gravidez, além de evitar o parto prematuro.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY
    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 10,99/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.