Casca de romã pode virar cosmético
Experimentos atestam ação da fruta contra radicais livres e micróbios

Segundo a mitologia grega, a primeira romãzeira teria sido plantada pela deusa do amor e da beleza, Afrodite.
No mundo real, um novo estudo vem dar sentido à lenda: a casca da fruta tem componentes que realçam a saúde e a beleza da pele.
O teste revelou que, no invólucro da romã, que constitui cerca de 50% do alimento fresco, existe uma série de compostos bioativos (catequina, quercetina, ácidos vanílico e gálico…) com propriedades antioxidantes, anti–inflamatórias e, principalmente, antimicrobianas.
“A saúde da pele depende de uma microbiota equilibrada, em que bactérias aliadas se sobreponham às nocivas”, explica a médica Mônica Aribi, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
“O extrato de romã parece apresentar uma ação contra o Staphylococcus aureus, micróbio associado a diversas dermatites. Seria bem positivo tê-lo na formulação de produtos”, completa. A indústria já está dando passos nessa direção.
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À flora da pele
Como cuidar do microbioma que vive na região
Sabonetes
Ideal é não exagerar no uso para não comprometer a barreira cutânea.
Hidratação
Vale adequar ao seu tipo de pele (seca ou oleosa) para ter resultados melhores.
Bactericidas
Utilize apenas com indicação, pois podem matar bactérias boas.
Estilo de vida
Dieta adequada é crucial para manter uma microbiota balanceada na pele.
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Cuidado com os “produtos naturais”
Dermocosméticos à base de compostos de romã e outras plantas são uma das tendências no segmento.
Mas é fundamental que qualquer produto seja manipulado em condições ideais e testado antes de chegar ao mercado. Passar a casca da romã ou uma receita caseira com o ingrediente na pele pode despertar reações indesejadas.
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