Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Ao leitor: o ato de comer, do foro íntimo à saúde pública

Nova edição de VEJA SAÚDE se debruça sobre os desafios para tornar a alimentação do brasileiro realmente mais saudável

Por Diogo Sponchiato
19 abr 2024, 14h29
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Definitivamente, é complicado comparar o corpo humano a uma máquina. Se assim fosse, bastaria recarregá-lo na tomada ou encher o tanque para seguir em frente. Energia ou combustível na medida — nem mais nem menos. Mas a gente come, e não só para sobreviver.

    Come uma porção de coisas, algumas saudáveis, outras nem tanto ou nem um pouco. Come para matar a fome, inclusive a emocional. Come, sozinho ou em companhia, para se desenvolver e ser feliz. Por isso, a matemática da alimentação não é tão exata, ao menos na vida real.

    O leitor e a leitora que nos acompanham já devem ter uma boa noção de como montar seu cardápio a fim de agradar o paladar sem desagradar o organismo. Não tem segredo: como a ciência vem iluminando há algum tempo, o roteiro é priorizar refeições mais naturais, com alimentos frescos e grande parte deles de origem vegetal, e maneirar — quando não evitar — os ultraprocessados, produtos industrializados que costumam ter um perfil nutricional mais desequilibrado, além de uma miríade de aditivos.

    Parece tão simples assim, resumido numa frase. Mas a teoria está distante da prática. E essa dissonância, além de repercutir no bem-estar de cada um, transformou-se numa questão de saúde pública. Falta de tempo, de dinheiro, de informação, de opções… Diversos fatores dificultam a tradução das orientações ancoradas nos estudos em hábitos. E é assim que se estende o abismo entre a teoria e… o prato.

    É assim que a população — especialmente quem passa algum aperto financeiro — cai de boca em salgadinhos, biscoitos e macarrão instantâneo, abrindo mão de arroz, feijão, mandioca, ovo e salada. É assim que, conjugando-se aos efeitos do sedentarismo e da sobrecarga mental, o brasileiro engorda e se expõe, cada vez mais cedo, a doenças crônicas.

    Continua após a publicidade

    “O problema da produção alimentícia no século 21 não é sua quantidade, mas sua disponibilidade e qualidade”, resumem os pesquisadores franceses Jean-Pierre Williot e Gilles Fumey em sua sucinta História da Alimentação (Vozes – clique para comprar).

    Como virar essa mesa? Ao que tudo indica, não depende só de uma tomada de decisão individual. Desafios desse porte demandam mudanças no sistema como um todo, num esforço que requer o diálogo e a ação de governos, acadêmicos, profissionais de saúde, indústrias e cidadãos.

    É disso que trata a reportagem de capa da jornalista Ingrid Luisa, que se tornou tão entusiasta da nutrição que escolheu fazê-la como segunda graduação. A tecnologia até pode nos ajudar a encontrar soluções. Mas é preciso dar um passo além: a sociedade tem de rever sua relação com a comida.

    Continua após a publicidade

    Seria bem mais fácil se fôssemos robôs. Só que, aí, deixaríamos de provar o sabor da vida.

    Prêmio no ar: em busca de quem faz a diferença

    É sempre vibrante anunciar o início de uma edição do nosso Prêmio VEJA SAÚDE & Oncoclínicas de Inovação Médica. Pois a temporada 2024 começa mais cedo, agora em abril, a fim de captar pesquisas, campanhas, projetos e invenções no campo da saúde com resultados ou potencial de produzir avanços científicos e melhorar a vida dos brasileiros.

    Neste ano, estreamos duas novas — Telemedicina e Plataformas Digitais e Inteligência Artificial na Transformação da Saúde —, que se juntam às seis já existentes — Genômica, Prevenção e Promoção à Saúde, Tecnologias Diagnósticas, Tratamentos, Medicina Social e Engajamento e Empoderamento do Paciente. Se você trabalha na área e tem uma iniciativa que merece ser reconhecida, acesse o site e participe.

    Compartilhe essa matéria via:
    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY
    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês

    ou
    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 10,99/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.