Sim, aquele mosquito listrado pra lá de irritante pode carregar um verme, o Dirofilaria immitis, que encontra no organismo canino um ambiente propício para se desenvolver. “O parasita causa lesões no coração e nos vasos sanguíneos, o que reduz o fluxo circulatório pulmonar e, em situações mais graves, provoca insuficiência cardíaca”, explica o veterinário Luciano Pereira, da Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo.
Depois de invadir o cachorro, o intruso se multiplica e evolui lentamente – ele chega a atingir 20 centímetros! Quando sintomas como tosse seca, dificuldade para respirar, aumento de volume abdominal, intolerância ao esforço e desmaios aparecem, a doença não raro já está em estágio avançado.
E o problema é que o tratamento costuma ser muito agressivo nesses casos. “Mesmo se matarmos o verme, ele pode gerar inflamações durante sua decomposição”, explica o veterinário Eduardo Lipparelli, diretor clínico do Hospital Veterinário Pet Care, na capital paulista. “Daí por que é melhor prevenir do que remediar”, arremata (saiba como fazer isso no quadro abaixo).
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Outros malfeitores
Fora o Aedes, mais duas espécies de mosquito propagam a dirofilariose: o Cullex (pernilongo comum) e o Anopheles (chamado de mosquito-prego). No entanto, várias enfermidades sérias que afligem os cães surgem em função de picadas. O mosquito-palha, por exemplo, pode carregar um protozoário por trás da leishmaniose visceral canina – mal que abala rins, fígado, estômago, coração e até medula óssea. O jeito é ir ao veterinário para resguardar seu amigo de quatro patas dessa e de outras encrencas.
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Xô, mosquito!
A primeira regra é eliminar quaisquer focos de criadouro do Aedes. Além disso, coleiras repelentes ajudam a proteger os cães – só não os deixe mordê-las, já que possuem compostos tóxicos. “Também recomendamos medicações preventivas que eliminam as larvas antes que elas fiquem adultas”, complementa Lipparelli.